Civil vai emitir pedido de prisão preventiva de dois suspeitos que participaram do crime

Carine Corrêa

Civil vai emitir pedido de prisão preventiva de dois suspeitos que participaram do crime
Civil vai emitir pedido de prisão preventiva de dois suspeitos que participaram do crime

A morte do médico José da Costa Filho, de 67 anos, na madrugada do último sábado (1º) gerou uma comoção pública em Rio Claro. A forma violenta na qual o médico foi morto comoveu vizinhos da residência onde a família visitava regularmente.

Nessa terça-feira (4), a reportagem do JC conversou com a mulher de José da Costa Filho. A psicóloga contou maiores detalhes da tentativa de assalto e mencionou que os bandidos aparentavam insegurança durante a ação. “Quando vi meu marido no chão, só conseguia dizer: você matou meu marido, você matou meu marido”, disse, ainda muito abalada.

A psicóloga, uma das vítimas da tentativa de roubo, conta que a primeira atitude que tomou ao notar que estavam sendo assaltados foi ligar para a Polícia Militar. Ela e o pai de 90 anos estavam dentro da casa – situada na Rua 5 do Cidade Jardim – quando um dos suspeitos atirou no médico. Ela acredita que tenham monitorado a dinâmica da casa, pela velocidade com a qual os bandidos agiram. O médico e a psicóloga eram casados há 40 anos e são rio-clarenses. O casal tem três filhos que moram em outras cidades do interior.

As câmeras de segurança das casas vizinhas captaram as imagens de um dos suspeitos circulando em frente à residência do médico e dando cobertura ao comparsa. Os vizinhos relataram à reportagem que ouviram os tiros. “Ouvimos tudo. Por uma questão de dez minutos, eu teria presenciado o momento em que um deles atirou no Dr. José”, diz um deles, que não quis se identificar. Eles também acreditam que os bandidos tenham monitorado a casa e planejado o assalto.

Questionada sobre o sentimento atual em relação à quadrilha que matou seu marido, a psicóloga diz que espera por justiça. Ela diz que os encontrar seria uma forma de proteger a sociedade. “Atualmente a situação está invertida. Nós é que somos presos e não temos liberdade”, concluiu.

Como foi?

José da Costa Filho, de 67 anos, foi morto a tiros em sua residência no início da madrugada de sábado (1º). Segundo informações do boletim de ocorrência elaborado pela Polícia Militar, o médico, sua esposa e seu sogro chegavam em casa após um jantar, quando foram abordados por um indivíduo armado, de estatura média, que anunciou o assalto. No momento da abordagem, José da Costa Filho pediu para que a mulher e o sogro entrassem na residência e, após alguns instantes, a psicóloga e o pai ouviram três disparos e, quando saíram, encontraram a vítima caída ao chão. Os ladrões não levaram nada. O suspeito que atirou contra o médico deixou cair R$ 30 no local.

A psicóloga detalha que o atirador pode ter ficado nervoso pouco antes de atirar em seu marido. Isso porque o portão eletrônico não abria para que ele pudesse fugir. O sogro de José da Costa Filho tinha como medida de segurança desligar o portão eletrônico, assim que era fechado.

Investigações

Novidades nas investigações pela Polícia Civil de Rio Claro. O delegado seccional Alvaro Santucci Noventa Jr informou que irá pedir a prisão de duas pessoas suspeitas de participar no crime. “Esse crime já pode ser dado como esclarecido. Os dois estão foragidos”, ressaltou. O carro utilizado pela quadrilha foi localizado nessa segunda-feira (3), no Distrito de Batovi. Em pesquisa, as autoridades confirmaram que o automóvel é produto de roubo. Os dois suspeitos aos quais será expedida a prisão preventiva têm passagem pela polícia. Um deles por porte ilegal de armas, furto e roubo.

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