Sidney Navas

Transformações ao longo dos anos deram uma ‘nova cara’ à Rua Quatro, conhecida no passado por suas edificações antigas. Muitos deles já não existem mais e deram espaço a lojas e estacionamento de bancos

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Fachada da Sociedade Italiana, na Rua Quatro foi recuperada recentemente

Não sobrou quase nada. Praticamente todos os casarões e prédios históricos que antes faziam parte da Rua 4, na região Central de Rio Claro, foram demolidos dando espaço para lojas e estacionamento das agências bancárias. Ao lado do lendário Bar e Restaurante A Toca (que hoje é o estacionamento de um banco) havia uma bela residência que despertava a atenção de todos com suas majestosas estátuas em forma de leões. O Cine Excelsior I e II também teve o mesmo destino dos demais e foram derrubados e depois erguido uma ampla loja de departamentos. Do passado, restou apenas o nome do cinema, gravado na calçada e que ainda resiste ao tempo.

E quem não se lembra da Sociedade Italiana? Mas nesse caso, há um alívio. Um conjunto de apartamentos residências está praticamente concluído, e a fachada original foi recuperada (e não restaurada como dizem alguns de maneira errada), assegurando as marcas de seu passado e importância para o município. Neste caso, os trabalhos ficaram a cargo do arquiteto e urbanista Nelson França Junior. “Nosso trabalho se deu logo após o término da construção do edifício, que está, de forma muito inteligente, incorporado à edificação histórica”, lembra o profissional.

Um pouco mais adiante, entre as avenidas Cinco e Sete o imponente casarão pertencente a Arlindo Ungaretti demolido no ano passado. Essa construção levantada por volta de 1942 abrigou ainda o Instituto de Radiologia nos anos 90, o bar Verona e por último serviu como a antiga sede da Rede Rio-clarense de Combate ao Câncer. Rumores davam conta de que em breve mais uma agência bancária poderia ser construída naquele terreno, mas até  isso não concretizou.

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