Represa de Cascalho, que abastece o município de Cordeirópolis, opera com apenas 40% da capacidade (foto arquivo)

Ednéia Silva

O mês de agosto tem sido seco. Até o momento não choveu no município e não há previsão de chuva para os próximos dias. Por conta disso, a preocupação é grande com a situação dos rios, córregos e reservatórios de água. A estiagem prolongada deve diminuir a vazão dos rios e aumentar o risco de racionamento.

Agosto pode terminar sem chuva na região. Conforme o Ceapla (Centro de Análise e Planejamento Ambiental) da Unesp, pelo menos até o dia 26 não há previsão de chuva. A analista ambiental do Ceapla, Vania Bordotti, informa que a última chuva na cidade ocorreu em 26 de julho, quando choveu 7,1 milímetros.

Represa de Cascalho, que abastece o município de Cordeirópolis, opera com apenas 40% da capacidade (foto arquivo)
Represa de Cascalho, que abastece o município de Cordeirópolis, opera com apenas 40% da capacidade (foto arquivo)

Nessa quinta-feira (13) o dia foi quente e ensolarado. A temperatura máxima registrada foi de 31ºC e a mínima de 9,8ºC. A umidade relativa do ar atingiu 35% às 15 horas. Vania informa que para esta sexta-feira (14) a temperatura deve variar entre 11ºC e 25ºC.

A previsão de falta de chuva preocupa os serviços de saneamento básico por causa do risco de rodízio e racionamento de água. Para os moradores de Cordeirópolis, o racionamento de água é uma realidade desde o ano passado.

“A Represa de Cascalho ainda está com cerca de 40% de sua capacidade. Por esse motivo, o município ainda segue com estado de calamidade e o racionamento permanece sendo feito das 21h às 6h”, informou a assessoria de imprensa da prefeitura. Por isso, as regras de restrição de lavagem de carros, calçadas e ruas continuam valendo.

A assessoria afirma que o governo municipal vem tomando medidas para minimizar a situação. “Recentemente a prefeitura iniciou a captação do córrego do Ibicaba, que ampliou o volume de água em 30%. Além disso, um novo sistema de adutoras está sendo construído na zona sul para aumentar a oferta de água naquela região”, destaca.

A assessoria completa dizendo: “o município já concluiu o RAP para construção de uma nova represa, a Santa Marina 2 e, em breve, irá iniciar as obras da nova Estação de Tratamento de Água, que terá perdas zero”.

Rio Claro não enfrentou problemas com falta de água mesmo durante a crise hídrica de 2014. Questionado sobre a situação dos rios que abastecem a cidade, o Daae (Departamento Autônomo de Água e Esgoto) informou que iniciou uma operação padrão para o monitoramento dos rios Ribeirão Claro e Corumbataí, que abastecem a cidade.

De acordo com a autarquia, por causa da estiagem, a vazão dos rios diminuiu, principalmente do Ribeirão Claro. “O monitoramento faz parte do planejamento do Daae na captação diária feita nesses dois corpos d’água. As estações de tratamento de água estão trabalhando a plena carga e o abastecimento de água está normal”, afirma o Daae. Santa Gertrudes também enfrentou dificuldades e ameaça de racionamento durante a crise hídrica, mas conseguiu reverter a situação.

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