O projeto básico para definição do local exato para a construção de uma barragem com capacidade para 1,7 bilhão de litros de água na Bacia Corumbataí, entre Rio Claro e Ipeúna, começa a ser elaborado pela empresa Hidrostudio Engenharia, de São Paulo (SP). A empresa acaba de ser contratada através de licitação e deve concluir em até cinco meses os estudos.

De acordo com a Agência das Bacias PCJ, que está contratando a empresa, o valor do investimento será de R$ 710.155,46, oriundos da Cobrança PCJ Federal. O diretor-presidente da Agência das Bacias PCJ, Sergio Razera, declarou que “o objetivo é melhorar e obter mais informações sobre a área proposta para que no futuro, daqui algum tempo – a gente não sabe se daqui seis meses, um ano ou dois anos – a gente consiga ter uma definição exata de onde será o reservatório regional do Corumbataí, ali nos municípios de Ipeúna e Rio Claro”, afirma.

O respectivo projeto em geral, para a construção da barragem, foi anunciado no fim do ano passado pelo Governo do Estado de São Paulo, que vai custear a obra que visa garantir água na região nos próximos 20 anos. Serão investidos cerca de R$ 54,3 milhões neste empreendimento. A intenção é que a obra seja implantada na confluência do Rio Passa Cinco e Ribeirão Cabeça, mas o aprofundamento dos estudos é que vai definir a localização do reservatório.

Já em meados de março deste ano, conforme o Jornal Cidade repercutiu, o Ministério Público de Rio Claro instaurou um inquérito civil para investigar o projeto. Os pesquisadores Me. André de Andrade Kolya, Prof. Dr. José Alexandre J. Perinotto e Prof. Dr. José Eduardo Zaine, do departamento de Geologia da Unesp Rio Claro, elaboraram um relatório técnico encaminhado ao MP destacando que a área pretendida conta com dois sítios arqueológicos. Até mesmo um abaixo-assinado foi elaborado pelos moradores da região.

Segundo a Agência das Bacias PCJ, para sanar essa questão, um estudo arqueológico também será contratado. A decisão de promover o estudo arqueológico na Área Diretamente Afetada (ADA) para implantação do reservatório visa entender os impactos ao patrimônio arqueológico e natural. “Para o futuro licenciamento ambiental perante os órgãos ambientais torna-se necessário elaborar um Estudo Arqueológico na região a ser implantado o reservatório. A Bacia Hidrográfica do Rio Corumbataí, no contexto geomorfológico, está inserida na Depressão Períférica Paulista, nas Zonas do Médio Tietê e Cuestas Basálticas, e possui áreas com achados arqueológicos diversos, incluindo a presença de sítios arqueológicos”, informa a instituição.

Entenda

A elaboração do Projeto Básico consiste no levantamento de dados primários e os quantitativos de serviços, obras, equipamentos e materiais necessários à construção da barragem, possibilitando uma estimativa mais apurada do orçamento total para a construção do reservatório.

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