Da Redação
Depois de muita pressão e muitas críticas, a presidente Dilam Rousseff desistiu de recriar a CPMF, o chamado imposto do cheque foi extinto em 2007. A reedição da taxa estava sendo estudada pelo governo para financiar um rombo de R$ 80 bilhões no orçamento da União de 2016. A desistência do projeto foi tomada neste sábado (29) após uma reunião com os ministros Aloizio Mercadante )Casa Civil) e Nelso Barbosa (Planejamento). Agora, o governo pretende discutir outras alternativas para financiar a saúde.
A ideia de recriar a CPMF recebeu críticas de vários setores da sociedade, inclusive de entidades que representam os empresários. Em visita a Rio Claro na sexta-feira (28), o presidente da Fies, do Ciesp e do Sebrae-SP, Paulo Skaf, posicionou-se radicalmente contra a medida. Segundo ele, se o governo não recuasse na decisão, os empresários fariam pressão contra no Congresso Nacional, além de paralisação e manifestação nas ruas.
A CNI (Confederação Nacional da Indústria) também criticou a reedição da CPMF alegando que a criação de uma nova taxa iria aumentar os custos e tirar ainda mais a competitividade do setor produtivo e aumentar o desemprego no país. A medida tinha rejeição até mesmo dentro da equipe do governo. O vice-presidente Michel Temer declarou publicação ser contra a criação do novo tributo. Na Câmara dos Deputados e no Senado Federal também havia resistência.