Divulgação
O prefeito de Rio Claro, engenheiro Du Altimari, convidou a direção da Unesp Rio Claro, nesta sexta-feira, 4, a refletir sobre a possibilidade de instalar um curso, laboratório ou mesmo salas de aula da instituição na Floresta Estadual Edmundo Navarro de Andrade (Feena).
Altimari reforçou o pedido lembrando as evidentes afinidades entre o foco de grande parte dos estudos, pesquisas e ensino da universidade e aquela reserva florestal, que é “um patrimônio ambiental dos rio-clarenses e paulistas”.
Ao encaminhar a sugestão, o prefeito observou a existência de uma ligação muito estreita entre a universidade e a Feena, levando-se em conta “a importância que a questão ambiental tem para a universidade e, por outro lado, reconhecendo o significado da floresta como exemplo de preservação legado pelo engenheiro agrônomo Edmundo Navarro de Andrade”.
A sugestão foi apresentada durante a posse dos novos diretor e vice-diretora do Instituto de Biociências da Unesp para o quadriênio 2015 a 2019, os professores doutores Claudio José Von Zuben e Maria Antonia Ramos de Azevedo. A solenidade foi presidida pela vice-reitora da instituição, professora doutora Marilza Vieira Cunha Rudge, que representou o reitor da instituição, professor doutor Julio Cezar Durigan. A vice-reitora recebeu com simpatia as sugestões do prefeito Du Altimari, disse que o pleito corresponde às expectativas futuras da instituição e antecipou que apoiará a sugestão no âmbito da universidade. O presidente da Câmara de Vereadores, João Zaine, que também participou do evento, apoio a iniciativa de Altimari.
Em sua argumentação, o prefeito destacou ainda que a presença física da Unesp na Feena provavelmente fortalecerá todas as ações destinadas a dar mais visibilidade àquela reserva florestal, gerando benefícios relevantes também à comunidade acadêmica. “Não temos dúvida de que isso vai acontecer e não vemos outra instituição mais credenciada e habilitada que a Unesp e seu corpo de pesquisadores, altamente qualificado, para somar forças com o governo municipal e estadual nesta empreitada”, afirmou.
Criado em 1909, o então Horto Florestal de Rio Claro surgiu com a finalidade de suprir a demanda de madeira para dormentes e carvão exigida à época pela Companhia Paulista de Estradas de Ferro. Logo depois, em 1914, o agrônomo Edmundo Navarro de Andrade importou 144 espécies de eucaliptos, vindas principalmente da Austrália, iniciativa que resultou, em 1916, na criação do Museu Eucalipto.
A reserva tem 2.230 hectares e, pela variedade de espécies que abriga, tornou-se conhecida como “berço do eucalipto”, título que advém de ser referência no cultivo e pesquisa da planta. Originalmente propriedade da Companhia Paulista, a floresta foi transferida para a Fepasa na década de 1970. Em 1998 passou a ser administrada pela Secretaria de Estado do Meio Ambiente, e posteriormente pela Fundação Florestal.