Algumas notícias políticas que marcaram Rio Claro e região estampadas na capa do Jornal Cidade. Destaque fica por conta do anúncio da nova Constituição Federal, no canto superior direito

Antonio Archangelo

Algumas notícias políticas que marcaram Rio Claro e região estampadas na capa do Jornal Cidade. Destaque fica por conta do anúncio da nova Constituição Federal, no canto superior direito
Algumas notícias políticas que marcaram Rio Claro e região estampadas na capa do Jornal Cidade

O Jornal Cidade sempre foi conhecido, nestes 81 anos, por sua ousadia e posicionamento político definido. Em rápida consulta ao Arquivo Histórico de Rio Claro, pode-se observar que no início de sua fundação, na década de 30, o Cidade foi um dos poucos jornais que deram voz aos varguistas e aos partidos que davam sustentação ao presidente que havia acabado de enfrentar dissidentes na conhecida Revolução de 32, além de instituir na imprensa rio-clarense a campanha de apoio a candidaturas locais para o Congresso e para a Assembleia Legislativa.

Naquele tempo, o primeiro êxito, estampado pelo JC, foi a nomeação, pelo governo federal, de Humberto Cartolano como prefeito. Aproximando-se de autoridades, reportagens inéditas com ministros e membros do alto escalão varguista eram frequentes nas páginas do jornal.

O jornalista Paulo David Jodate lembra que o Cidade foi conhecido por ser um jornal de esquerda, no início. “O Jornal Cidade sempre foi voltado à política. E sempre teve uma participação muito grande na esquerda, através do saudoso jornalista Ribeiro Mancuso”, citou. Durante estas oito décadas, a postura do Jornal Cidade não poderia ser diferente. Sempre atento à política rio-clarense, migrou da confusão na apuração eleitoral no Ginásio Municipal, com dezenas de papeletas, para o voto eletrônico e apuração praticamente instantânea. Esta diferença pode ser constatada no resultado eleitoral de 1934, ano de fundação do JC, cujo resultado só foi realmente confirmado no primeiro trimestre do ano seguinte. No último pleito, o resultado foi conhecido poucas horas após o término da votação. José Roberto Sant’Ana – ex-diretor do JC, lembra a inovação advinda com a edição de segunda-feira, que trazia, em primeira mão, os resultados eleitorais para a comunidade rio-clarense. “Era uma correria só, me lembro de uma vez que ficamos num domingo até as 17h30 para fechar a edição de segunda e no mesmo dia caiu um avião sobre umas casas na cidade”, comentou à reportagem.

Atualmente, consolidado como agente primordial para o debate político, o JC investe em pesquisas eleitorais registradas e com metodologia reconhecida, que tradicionalmente são aguardadas por candidatos, partidos e, principalmente, por eleitores. Além de carregar em sua essência o espírito democrático de dar espaço a todos os pré-candidatos e agentes do jogo político, como no caso recente, em que o Jornal Cidade entrevistou dez pré-candidatos a prefeito para a eleição de 2016. Jodate cita que “estamos vendo que a política está exercendo papel preponderante dentro do jornal. Tentando dar cobertura a todos os acontecimentos políticos que cercam nossa cidade”, comenta. As opiniões e a consolidação do Jornal Cidade como um dos maiores veículos regionais do país são fruto de um trabalho sério e árduo. “Nos dias de hoje, o ponto alto da cobertura das eleições fica pela edição de segunda-feira, que aborda todo o resultado das urnas e envolve todas as plataformas do Grupo JC de Comunicação”. O leitor recebe a informação em primeira mão”, comenta o editor-chefe Ludmar Gonzalez.

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