O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) conclui a assinatura digital e lacração dos sistemas eleitorais que serão usados nas eleições de outubro (José Cruz/Agência Brasil)

Dois aviões fretados serão utilizados pelo Tribunal Regional Eleitoral de São Paulo (TRE-SP) para transportar as urnas eletrônicas que foram escolhidas para fazer parte do teste de integridade nas eleições deste ano no estado paulista.

No teste de integridade, a auditoria que é feita por meio de uma espécie de votação paralela, com cédulas em papel, será realizada em 33 urnas eletrônicas, que foram selecionadas por entidades da sociedade civil convidadas tais como a Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), o Ministério Público, as Forças Armadas e a Polícia Federal, além de partidos políticos..

Durante o teste, que pretende reforçar a segurança das urnas, representantes das entidades fiscalizadoras vão preencher cédulas de papel com votos em candidatos oficiais e depositá-los em urnas de lona, que serão lacradas no sábado (1o ), véspera do pleito. No dia da eleição, durante o horário de votação (das 8h às 17h), servidores do Judiciário e do Ministério Público vão retirar essas cédulas de papel das urnas de lona, digitar os votos em um computador e, na sequência, na urna eletrônica. Todo o processo será filmado e, ao final da votação, os resultados de ambas as urnas serão comparados, para comprovar que são os mesmos. Os votos da auditoria não serão contabilizados na eleição.

Do total de urnas testadas, seis delas serão utilizadas nas próprias seções eleitorais, com o uso de biometria de eleitores voluntários. Já na véspera da eleição, as demais urnas vão ser retiradas de seções eleitorais e levadas para o Centro Cultural São Paulo (CCSP), onde passam pelo teste. As entidades fiscalizadoras poderão escolher quaisquer urnas que estiverem no estado de São Paulo. Novas urnas eletrônicas serão colocadas no lugar das que foram selecionadas para a auditoria.

Para a auditoria e por questões logísticas, o estado foi dividido em cinco grupos de municípios. O primeiro deles engloba cidades que estão a um raio de 200 quilômetros (km) da capital paulista [o que inclui as regiões metropolitanas de Campinas e de São Paulo, o Vale do Ribeira, o Vale do Paraíba e o litoral paulista]. Os demais quatro grupos se referem ao interior e são formados por quatro cidades polos, de onde as urnas serão transportadas de avião até a capital: Bauru, Presidente Prudente, São José do Rio Preto e Ribeirão Preto.

Um dos aviões contratados pelo TRE irá sair de São Paulo e pousar em Presidente Prudente, onde recolherá as urnas que foram escolhidas para a auditoria e que estão em seções eleitorais dessa região. Depois, o mesmo avião seguirá para Bauru e recolherá as urnas que foram selecionadas na região. De lá, o avião retornará à capital, para o Aeroporto de Congonhas.

O segundo avião fará o trajeto São José do Rio Preto, Ribeirão Preto e São Paulo. Da capital paulista, as urnas serão levadas finalmente ao Centro Cultural São Paulo, onde o teste será realizado.

Segundo o tribunal, em todos os trajetos, seja por via aérea ou terrestre, estarão presentes a Polícia Militar e um servidor da Justiça Eleitoral, além de um representante de entidade fiscalizadora, se houver interesse.

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