Acontece, na próxima quinta-feira (13), o novo tribunal do júri para sentenciar os dois indivíduos apontados como responsáveis pela agressão que o jovem Rafael Bandeira Barbosa sofreu em abril de 2017 com um pedaço de pau, na Avenida 29, após uma discussão por causa de um isqueiro.

O caso se arrasta há anos. Em novembro de 2019 foi adiado e a primeira sentença conhecida em 13 de fevereiro de 2020, mas quatro meses após a condenação dos réus a nove anos e quatro meses, o júri foi anulado por votação unânime – o advogado de defesa entrou com um pedido de revisão, alegando falha no processo. A liberdade provisória dos mesmos aconteceu sob as condições de que devem comparecer em juízo a cada 30 dias para justificar suas atividades, não podem sair da cidade em que residem sem prévia autorização judicial e não podem se aproximar da vítima ou de familiares dela.

A agressão sofrida por Rafael resultou em sérios problemas. O jovem perdeu completamente a audição do ouvido esquerdo, lado onde recebeu a pancada e comenta que não utiliza aparelho, pois um compatível custa em torno de R$ 10 mil.

Atualmente morando em outra cidade, Rafael Bandeira comenta a sua expectativa para o julgamento.

“O primeiro [julgamento] foi revoltante devido à liberação deles após serem condenados, não ficaram quase nada e foram soltos. Espero que sejam condenados e que a justiça seja feita”, disse o jovem, que na época do crime tinha 18 anos.

Sarah de Oliveira Dias, advogada de Rafael, conversou com a reportagem do JC e disse estar muito confiante com o resultado a ser conhecido.

“Estou bem confiante, o caso chocou muita gente, muito divulgado, pessoas revoltadas com a situação, foi um motivo extramente fútil, eles não se conheciam, não tinham nenhum vínculo anterior e acredito realmente que tenhamos êxito”, comenta.

Um outro processo tramita na área cível, solicitando indenização por danos morais ao jovem.