Folhapress

A Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo confirmou nesta terça (8) a primeira morte de uma paciente infectada pela nova subvariante ômicron BQ.1 do coronavírus. Segundo a pasta, trata-se de uma mulher de 72 anos.

“Ela estava acamada e tinha comorbidades. O que ainda não sabemos e está em investigação é o quadro vacinal”, disse o secretário de saúde, Jean Gorinchteyn, que enfatizou a importância da vacinação, incluindo as doses de reforço, para a proteção contra a doença.

O segundo paciente confirmado com a subvariante no estado, um senhor de 61 anos, passa bem e está em casa.

São Paulo confirmou na noite desta segunda (7), que havia identificado os primeiros dois casos de Covid-19 causado pela nova subvariante.

A sublinhagem está associada ao aumento recente de casos de Covid-19 na Europa e nos Estados Unidos. No Brasil, as primeiras ocorrências foram confirmadas no Amazonas, no Rio de Janeiro e no Rio Grande do Sul.

O comportamento de um vírus pode ser diferente em locais distintos em virtude de fatores demográficos e climáticos, por exemplo. A Vigilância estadual, por meio do Centro de Informações Estratégicas em Vigilância em Saúde (Cievs), monitora, acompanha e auxilia nas investigações, em tempo real de todas as Variante de Preocupação (VOC = Variant Of Concern), tais como delta, alpha, beta, gamma e a ômicron.

As medidas já conhecidas pela população seguem cruciais para combater a pandemia do coronavírus: higienização das mãos (com água e sabão ou álcool em gel); e a vacinação contra a Covid”, diz a SES em nota à Folha.

“A variante BQ.1 tem apresentado uma capacidade de transmissão que preocupa as autoridades de saúde de diferentes países. Essa variante tem sido relacionada ao aumento dos números de novos casos em diferentes regiões.”, disse em nota Richard Steiner Salvato, coordenador da Vigilância Genômica no estado.

Segundo Alberto Chebabo, presidente da SBI (Sociedade Brasileira de Infectologia), a nova subvariante consegue fugir dos anticorpos, “tanto produzidos por quem se vacinou quanto pela infecção natural, o que aumenta a capacidade dela de causar infecção”.

“A principal preocupação é em relação àquela parcela da população que está em atraso ou não fez as doses de reforço da vacina contra Covid-19, pois esses indivíduos estão mais suscetíveis a contrair a doença, mas também terem uma apresentação mais grave”, completou Salvato. Apenas no Rio Grande do Sul, são mais de 3 milhões de pessoas com a dose de reforço em atraso.

Além da necessidade de completar o esquema vacinal, a pasta reforçou medidas como a utilização de máscara e a realização de testes para confirmação do diagnóstico.

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