NATHALIA GARCIA (BRASÍLIA, DF, FOLHAPRESS) – O Banco Central reabrirá o SVR (Sistema de Valores a Receber) no dia 7 de março, às 10h, para nova rodada de saque de dinheiro esquecido em instituições financeiras. Cerca de R$ 6 bilhões estarão disponíveis para 38 milhões de pessoas físicas e dois milhões de pessoas jurídicas, informou a autoridade monetária nesta segunda-feira (27).
De acordo com o BC, será possível consultar se há valores a receber no sistema já nesta terça-feira (28), por meio do site https://valoresareceber.bcb.gov.br.
Na reabertura do sistema, herdeiros ou representantes legais poderão consultar o dinheiro esquecido por pessoas falecidas, informando os dados de contato da instituição responsável pelo valor e a faixa de valor.
Na próxima fase de saques, o montante disponível corresponde a contas corrente ou poupança encerradas com saldo, cotas de capital e rateio de sobras líquidas de ex-participantes de cooperativas de crédito, recursos não procurados de grupos de consórcio encerrados, tarifas cobradas indevidamente e parcelas ou despesas de operações de crédito cobradas.
Também foram incluídas consultas de contas de pagamento pré ou pós-paga encerradas com saldo disponível, contas de registro mantidas por corretoras e distribuidoras encerradas com saldo disponível e outros recursos disponíveis nas instituições para devolução.
Outra novidade é a criação de uma sala de espera virtual para facilitar o acesso ao sistema de consultas do Banco Central sem agendamento. Na primeira versão da ferramenta, os usuários só podiam fazer a consulta no dia e horário pré-definidos. O sistema de consultas precisou ser suspenso após uma explosão de acessos travar até outros serviços do Banco Central.
Também será possível o compartilhamento e a impressão das telas e protocolos de solicitação do SVR, inclusive pelo WhatsApp, facilitando o acesso e o arquivamento das informações do sistema.
Para quem tem conta conjunta, se um dos titulares solicitar o valor via SVR, o outro conseguirá ver as informações da solicitação ao entrar no sistema: valor, data e CPF de quem solicitou.
“Vale destacar que todas as modificações foram realizadas prezando a segurança, facilidade de uso e conforto das pessoas, principalmente para os usuários de celular”, disse o BC em nota.
Na primeira fase de restituição, as instituições financeiras devolveram R$ 2,36 bilhões -R$ 321 milhões via Pix- para 7,2 milhões de pessoas físicas e 300 mil pessoas jurídicas.