A morte de Chorão, o músico Alexandre Magno Abrão, completa dez anos nesta segunda-feira (6). O artista, considerado um dos grandes nomes do rock brasileiro, foi encontrado morto em seu apartamento após uma overdose de cocaína.
O artista foi uma figura controversa. Agregou uma multidão de fãs, mas nunca agradou às classes intelectuais. Era conhecido por uma personalidade forte e um gênio difícil, mas também por ser uma pessoa carinhosa e generosa.
Chorão tinha planos para montar sua banda desde adolescente. Se entregava freneticamente ao trabalho e centralizava a maioria das decisões da Charlie Brown Jr., banda que formou junto ao baixista Champignon, primeiro com o nome What’s Up.
O grupo, que também contou com Marcão Britto, Thiago Castanho e Renato Pelado na formação inicial, lançou dez álbuns de estúdio e se tornou uma das bandas brasileiras mais ouvidas no exterior.
Chorão nasceu em 9 de abril de 1970 em Tremembé, cidade próxima a Taubaté, em São Paulo. Morou na capital até os 13 anos e depois se mudou com a família para Santos. Aos 14, largou os estudos.
Adolescente, se envolveu com o rock e com o skate, que o acompanhariam no palco no futuro.
Chorão participou da formação da banda e foi o integrante que esteve mais tempo no grupo, que passou por várias trocas de membros. Em 2009, a banda ganhou o Grammy Latino com o álbum “Camisa 10 Joga Bola até na Chuva”. O grupo colecionou hits entre o fim dos anos 90 e o início dos anos 2000, como “Proibida pra Mim”, “Quinta-Feira”, “Zoio de Lula”, Só por uma Noite” e “Te Levar Daqui”.
Chorão também se aventurou no cinema. Ele atuou e escreveu o roteiro do filme “O Magnata” (2007), dirigido por Johnny Araújo e estrelado por Paulo Vilhena, que conta a história de um playboy revoltado que toca rock. Quando o garoto decide mudar sua vida, comete um grande erro que põe tudo em jogo.