A família de José Leite da Silva, o Zezinho, faz um alerta para a população rio-clarense. O idoso de 73 anos morreu no início do mês de março por leptospirose, em Rio Claro, conforme revelou ontem (15) o Jornal Cidade. Em entrevista à reportagem, o filho Josiel destaca que a família sempre tomou cuidado com a limpeza do imóvel, porém, que neste período de chuvas fortes, o aparecimento de ratos e ratazanas nas casas do Boa Vista é comum.
“Estava em casa, num domingo após chuvas, e apareceu um rato em casa. Os ratos sempre têm no córrego que passa no Boa Vista e chega ao Rio Corumbataí. Meu pai perseguiu o rato no quintal para matá-lo. O quintal é limpo, mas quando chove é normal aparecer rato na rua. O rato caiu num buraco no quintal e ele jogou massa de cimento em cima. Acreditamos que a urina do rato estava na água onde ele estava fazendo cimento no quintal”, disse o filho.
O senhor Zezinho, funileiro bastante conhecido na cidade, começou no dia seguinte a ter sintomas de dor de cabeça, dor de estômago e diarreia. Durante alguns dias foi medicado, mas diante do agravamento da saúde, foi levado ao Pronto-Atendimento do Cervezão. Apesar de receber todo atendimento, seu quadro clínico piorou e foi levado para a UTI da Santa Casa.
O filho relata que a pele do pai ficou bastante amarelada, assim como seus olhos. Outros sintomas foram registrados, como espasmos e delírios. No dia 2 de março, José não resistiu e veio a óbito. Desde o episódio com o rato até sua morte foram cerca de 15 dias. O filho afirma que houve atestado de falência múltipla de rins e fígado.
“As pessoas precisam ficar cientes de que essa doença mata, quando sentir algum dos sintomas não deve achar que não é nada, se persistir tem que procurar atendimento médico”, comenta Josiel. O setor de vigilância da Fundação Municipal de Saúde prestou atendimento na residência da vítima, que não tinha outros problemas de saúde, conforme informou o filho.