Da Redação
A destinação de um prédio próprio para a Delegacia de Defesa da Mulher (DDM) está em discussão desde 2013, mas ainda não há data de concretização da medida. A delegacia irá funcionar no prédio antigo da Ciretran, mas ainda não há data de inauguração. Na terça-feira (29), uma comissão de mulheres se reuniu com o delegado seccional Álvaro Santucci Noventa Júnior para discutir o assunto.
A reunião foi solicitada pela vereadora Raquel Picelli, presidente da Frente Parlamentar de Prevenção e Enfrentamento à Violência contra a Mulher, da Câmara Municipal de Rio Claro. Do encontro participaram também o delegado Aroldo Cesário Diniz; a vereadora Maria do Carmo Guilherme; Bell Rezende, assessora de Referência e Atendimento à Mulher; Guaraci de Paula Pereira, presidente do Conselho dos Direitos da Mulher; Roseli Correia, representante do Centro de Referência Especializado de Assistência Social; Dinorá Silmara dos Santos, enfermeira da Vigilância Epidemiológica; e Ariane Pereira Contieiro, técnica de enfermagem da Vigilância Epidemiológica.
As manifestações em prol de uma sede própria para a DDM começaram em março de 2013. Desde então, o processo avançou lentamente. No final de 2013 foi anunciada a volta da DDM para o prédio da Ciretran, que foi transferida para o Poupatempo. Porém, o imóvel precisava ser reformado. As obras começaram, mas ainda não foram concluídas.
Na reunião de terça-feira, o seccional informou que foi necessário prorrogar o contrato com a empresa responsável pela reforma para reestruturação da parte elétrica. O delegado demonstrou preocupação com a contratação de funcionários para a DDM. Diante disso, Raquel e Maria do Carmo disseram que vão buscar apoio de deputados para agendar reuniões com o delegado-geral da Polícia Civil de São Paulo e com o secretário estadual de Segurança para discutir o assunto.
A presidente da Comissão da Mulher Advogada da OAB de Rio Claro, Ionita de Oliveira Krugner, disse que a última informação que obteve foi que estava sendo feita a licitação para a compra do mobiliário para a DDM. Para ela, a demora causa prejuízos, porque muitas mulheres vítimas de violência deixam de denunciar a agressão pois ficam com vergonha por causa da falta de privacidade. Segundo ela, isso causa uma subnotificação nos registros. Ela estima que metade dos casos de violência não é denunciada.