Um grupo de alunos da escola estadual Professora Zita de Godoy Camargo, localizada no bairro Cervezão, é alvo de uma investigação da Polícia Civil de Rio Claro através da DIG (Delegacia de Investigações Gerais). O motivo foi a descoberta de um plano para um possível massacre na instituição.
À frente do caso está o delegado Alexandre Socolowski que afirmou: “Já ouvimos funcionários da escola e apreendemos esse documento elaborado pelos alunos investigados. A direção da escola também nos repassou que conversou com os pais desses alunos e também com os alunos que alegaram que tudo não passou de brincadeira e é exatamente isso que vamos apurar”.
A possível brincadeira que os alunos relatam se trata de uma folha de papel onde está o mapa da escola, os nomes dos cinco alunos que cometeriam o crime além do nome das sete vítimas, entre elas professores. Nas anotações é possível ver também que a intenção era usar duas armas e três facas e uma das frases dizia: “Precisamos ter sangue nos olhos”. Na folha os alunos chegaram até mesmo a cogitar possíveis erros “Não estarmos focados”, “Sem coragem na hora” e “Perdermos as armas”.
O Jornal Cidade chegou a conversar com um docente da escola que preferiu não se identificar mas relatou o clima de tensão e medo que estão vivendo: “Não está sendo fácil para ninguém e a verdade é que não nos sentimos seguros para realizar o nosso trabalho que é ensinar. Tem colegas chorando, apavorados. Outro ponto que me preocupa é que ficamos trancados com os alunos pois colocaram grades na passagem de incêndio o que é proibido por lei. Se um alunos saca uma arma, não tem nem como fugir. Isso já foi denunciado no ano passado mas nada foi feito em relação. Continuam trancando essa passagem. Acho de extrema importância essa abordagem da imprensa para que providências sejam tomadas. Queremos uma resposta do Estado, a polícia, das autoridades. A escola era para ser um ambiente saudável e não é mais isso que estamos vendo infelizmente”, lamentou.