Vereadores também discutiram outros projetos de lei que desafetam áreas que serão destinadas às moradias populares.

Projetos de lei de autoria do prefeito Gustavo pretendem colocar à venda terrenos milionários no Jd. Figueira e no Copacabana, este considerado área nobre na cidade

A Câmara Municipal aprovou projetos de lei de autoria do prefeito Gustavo Perissinotto (PSD), na noite dessa segunda-feira (12), que podem colocar em leilão duas novas áreas institucionais da Prefeitura com o fim de arrecadar recursos para obras de infraestrutura em Rio Claro. Apenas o vereador Rafael Andreeta (sem partido) votou contra, enquanto os demais aprovaram as propostas que agora seguem para segunda discussão na próxima sessão.

O primeiro terreno fica localizado no Jardim Figueira e conta com 7 mil metros quadrados, próximo à antiga linha férrea. Já o segundo projeto é referente a um terreno localizado em área nobre, no Residencial Copacabana, na Avenida 53, próximo ao Cidade Jardim. O terreno tem cerca de 8,9 mil metros quadrados. Um parecer técnico emitido pela Secretaria Municipal de Obras, através da Comissão Permanente de Avaliação de Imóveis, aponta que esse imóvel pode valer quase R$ 6,1 milhões.

Sobre a proposta para o Jardim Figueira, que não teve anexada a documentação com a avaliação de quanto poderia custar, Rafael afirmou que “é uma queima de um bem do município, de uma riqueza, e não sabemos onde vai ser aplicado. Lembrando que teve empréstimo recentemente, agora outras áreas foram fracionadas para leilão e essa é mais uma”, comentou durante a votação ao justificar o voto contrário. Neste projeto, Luciano Bonsucesso (PL) encaminhou voto favorável, destacando confiança no prefeito Gustavo para a aplicação dos recursos que serão arrecadados com a venda do imóvel.

Já durante a votação do projeto de lei para a venda da área nobre do Residencial Copacabana, Andreeta voltou a votar contrariamente. “O alqueire é caro lá. É um patrimônio da cidade para leilão e não falam para onde vai a grana”, acrescenta. O vereador Val Demarchi (União Brasil), apesar de votar favorável, fez uma crítica à gestão do Governo Gustavo-Rogério.

“Essa Casa tem sido parceira de primeira linha do Poder Executivo, temos dado todas as condições para que ele faça um projeto bom para a cidade. Aqui diz que são obras de infraestrutura, estamos há um ano e seis meses de mandato do atual prefeito. Se não começarmos a ver essas condições que estamos proporcionando se tornarem realidade, acredito que o crivo de outubro do ano que vem fica muito difícil”, alertou.

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