Classificado para as quartas de final do Campeonato Paulista da Série A-2 e a quatro jogos de levar o Velo Clube de volta à elite do futebol paulista, o técnico Guilherme Alves se prepara para a disputa das quartas de final do estadual previstas para os próximos dias 24 e 27. O técnico possui em seu currículo essa tão sonhada conquista, quando levou o Novorizontino ao Paulistão em 2015. Guilherme relembra da sua chegada ao time velista na quarta rodada e os desafios que encontrou para conquistar os bons resultados.

“Pegar um trabalho já iniciado não é fácil. Mas a equipe tinha bem claro que a dificuldade é que cada treinador tem sua filosofia de trabalho e, para sorte, a minha era parecida com a do Fahel Jr., que era o treinador, de times que jogam pra frente, que propõem jogo. Eu não gosto de jogar de forma reativa, porque é aquela situação de você estar trazendo sempre o adversário perto do seu gol e, consequentemente, você está muito mais longe do gol adversário. Então, isso ajudou bastante, mas nós fomos obviamente colocando aquilo que eu entendo, a maneira que eu gosto de jogar. O time correspondeu, em alguns jogos não fomos bem, mas felizmente nós conseguimos a classificação faltando duas rodadas para terminar a primeira fase”, explicou Guilherme.

Entrevista com o técnico Guilherme Alves, do Velo Clube

Para as quartas de final, o técnico ganhou reforços importantes, como o zagueiro Rafael Goiano e o meia Guilherme Garré. Guilherme fala da importância das contratações para esse momento decisivo.

“Alguns jogadores podem mudar uma equipe. Introduzir dois, três jogadores de alto nível faz diferença. As equipes que estão lá em cima têm, logicamente, um orçamento maior, têm um poder financeiro maior e aí a gente tem que mexer muito bem o mercado. Isso ajuda e nós, obviamente, vamos ganhar muito nos setores em que essas contratações foram feitas”, disse o técnico.

O comandante velista diz estar confiante no acesso e no retorno da equipe à elite do futebol paulista e conta com o apoio da torcida para chegar a essa conquista.

“É muito gostoso ter o acesso. Para a cidade, torcida, clube, diretoria e jogadores. É inesquecível, é para sempre. Agora o mata-mata é diferente, porque, se você colocar no papel, são muitos fatores. Você pode estar bem numa partida, aí cai uma tempestade o jogo fica inviável, aí é só chutão pra cima. Tem a questão que a gente não pode tirar do contexto de um jogo que é o árbitro, torcendo para que ele não interfira no resultado, como foi contra o XV de Piracicaba aqui na primeira fase, tem o VAR, enfim são vários fatores que podem mudar o destino nessas quartas de final. Um dos fatores também que ajudam muito é a torcida. Ela influencia bastante, como nos ajudou muito aqui contra o Rio Claro, quando ela foi fundamental na busca do empate. Obviamente que o termômetro da torcida sempre é o time dentro de campo, eu sei, porque eu estive dentro, tenho muitos anos de futebol e o termômetro da torcida é o que a gente faz aqui dentro de campo. Mas a torcida pode fazer diferença sim. O torcedor pode acreditar no acesso, eu acredito, e acredito sempre. Eu disse para todos aqui quando nós tivemos a sequência ruim na primeira fase, que enquanto tiver chances matemáticas, eu vou sempre acreditar no lado bom, até porque eu já vivenciei muita coisa no futebol. Já entrei como muito favorito e saí derrotado e já entrei como azarão e saímos vencedores. Então, no futebol tudo pode acontecer. O que não pode deixar de acontecer é acreditar e lutar para conquistar o objetivo. Eu acredito”, finaliza Guilherme Alves.

Vale destacar que nas quartas e semifinal os times se enfrentam em dois jogos com o time de melhor campanha decidindo a vaga em seus domínios. Em caso de dois resultados iguais, a decisão será nos pênaltis. Apenas os dois finalistas garantem vaga à elite do futebol paulista.

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