Vereador deixará mandato, fala de Gustavo, Republicanos e nomes na chapa de vice

Vereador deixará mandato, fala de Gustavo, Republicanos e nomes na chapa de vice

O vereador Heitor Alves (Republicanos) prepara-se para deixar a Câmara Municipal. Ele chegou como suplente em dezembro e o mandato acaba nos próximos dias com o retorno da vereadora Carol Gomes (Podemos), que ocupa hoje a Secretaria de Desenvolvimento Social. Heitor afirma que é pré-candidato a vereador mais uma vez e avalia o prefeito Gustavo Perissinotto (PSD). Confira alguns trechos da entrevista a seguir e assista na íntegra no vídeo abaixo.

Como avalia esse breve mandato na Câmara de Rio Claro?

Os vereadores têm que se colocar como uma ponte do Executivo, não só de cobrança mesmo que seja importante a fiscalização, mas não só de críticas, para dar solução às coisas. Não ficar fazendo cena, metade dos problemas está nas pessoas que estão indicadas [na Prefeitura] por alguns que não têm capacidade técnica de resolver. E eu não tenho medo de falar. Tenho um compromisso com a minha verdade e de quem votou em mim. Boa parte do serviço público está atrelada à questão política.

E não entra o prefeito para fazer a peneira dos indicados aos cargos comissionados pelos vereadores?

Existe, a própria lei já estabeleceu critérios de escolaridade. Já é um corte. Há necessidade de se fazer uma avaliação. O prefeito Gustavo tem cometido acertos, tentado não cometer os mesmos erros, mas há uma evolução acontecendo. Não posso condená-lo, da forma que eu via como as coisas eram feitas, eram muito piores. Houve uma evolução no trato da coisa pública.

O Plano Diretor é um dos pontos mais importantes a serem debatidos?

Não é somente um limitador do que as pessoas querem fazer, mas do que vai ser feito. Aí a sua importância, é isso que faz a cidade se movimentar. Não quer dizer que está parada, mas a gente poderia estar caminhando, dando passos longos. A cidade é envolta de interesses, todo mundo tem o seu. Os Planos passados talvez não atingiram os benefícios necessários a todos cidadãos.

Se estivesse vereador na época da aprovação do novo subsídio de R$ 17 mil aos vereadores, votaria a favor?

Sem dúvida. Temos que ser coerentes. Não estou lá pelo salário. Criou-se na gestão passada uma incoerência. O vereador ganha menos que quem trabalha para o vereador. Não acho que não seja justo o salário às pessoas que o assessoram. As pessoas estão aí, dia 6 de outubro, você tem o direito de saber para quem você vai votar o subsídio que essas pessoas em 2025 vão ter. Não posso ser incoerente. Eu posso contribuir, meu ganha-pão é a advocacia. Estou lá para servir a minha cidade.

Quais as expectativas no novo partido Republicanos?

Temos o compromisso com o governo municipal, há certas coisas que precisam ser conversadas. A eleição se divide no sentido do Republicanos ter o espaço que merece. Há um cenário de que outros partidos têm mais espaço. É importante que esse espaço exista [ao partido] para termos condições de oferecer quadros ao Executivo.

Quadros de comissionados ou na chapa de vice?

À vice-candidatura, o Gustavo tem caminhado com alguns partidos muito bem. Evidente que teremos o poder de voto, pelo Irander [presidente].

Hoje temos nos bastidores que Maria do Carmo será a indicada do MDB. Você apoiaria?

Boa pergunta. Eu tenho uma experiência. Se a Maria evoluir como executiva que está, em relação ao trato com os funcionários. E podem despejar críticas a mim, pois sei que ela é querida. É um compromisso que ela tem que ter. Teve uma situação próxima que me magoou. Hoje eu tenho dificuldade de dizer que ela é o melhor nome. Mas vou respeitar a decisão que as pessoas tiverem.

Você teria pretensão de ser o nome a vice do Gustavo?

Eu particularmente não levantaria a mão. Já fiz isso uma vez, não acho que seja o momento. Eu sei o quanto tenho contribuído [na Câmara].

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