O PSD, partido do prefeito Gustavo Perissinotto, se tornou a maior bancada na atual legislatura da Câmara Municipal. Com o fim da janela partidária, novos vereadores chegaram à legenda, que agora soma seis parlamentares. O partido já contava com Thiago Yamamoto, Diego Gonzales e o presidente do Poder Legislativo, José Pereira. Agora os novos membros são Serginho Carnevale, Alessandro Almeida e Vagner Baungartner. A expectativa era de que esse resultado fosse alcançado com certa tranquilidade.
O presidente do PSD, Rogério Marchetti, já havia afirmado anteriormente à coluna que pretendia tornar a bancada da sigla a maior da Casa de Leis. Dito e feito. Em questões políticas, todos esses vereadores sempre andaram lado a lado com o prefeito Gustavo, apesar de alguns ruídos vez ou outra. Vagner, por exemplo, foi o único de todos os parlamentares da Câmara a votar contra a Reforma Administrativa que criou centenas de cargos em 2021 e que recentemente foram considerados ilegais pelo Tribunal de Justiça de São Paulo.
Alessandro, dentro desse grupo, foi o primeiro a anunciar que não será mais candidato a vereador neste ano. Segundo ele, não faria sentido com o discurso que engajou durante a primeira candidatura, logo a tentativa de reeleição está descartada, a não ser que algo se altere lá na frente. O mesmo vale para Vagner, que apesar de não ter feito a mesma declaração em público, já manifestou por diversas vezes que seria vereador de um mandato único.
A turma do Gustavo agora terá a missão de manter o grupo, além de unido, coeso dentro do Poder Legislativo, uma vez que a oposição também está formada com uma bancada grande: PL. O Partido Liberal, do ex-presidente Jair Bolsonaro, sairá da discrição do solitário Luciano Bonsucesso para a ser a segunda maior bancada da Casa de Leis, com quatro vereadores. São eles os novos filiados: Moisés Marques, Val Demarchi e Sivaldo Faísca. Bonsucesso, inclusive, pela fidelidade ao partido merecia a liderança do mesmo.
O curioso dentro do PL será manter também a coerência. Sivaldo sempre foi apoiador de Gustavo, apesar de não ter o perfil ligado ao bolsonarismo, acabou indo parar no partido após deixar o União Brasil – também da oposição, com o agora sozinho Rodrigo Guedes, irmão de Rogério Guedes, vice-prefeito pré-candidato a prefeito pelo PL. O mesmo para Val Demarchi, que era o líder da então maior bancada da Casa. Serginho preferiu sair do União em direção ao PSD e alegou nos bastidores que Rodrigo não demonstrou interesse no seu passe.
Moisés era do PP, da base de Gustavo, e se rebelou contra o prefeito. Rafael Andreeta estava sem partido, se filiou no PL ao longo da semana, mas aos 45 minutos do segundo tempo, acabou indo para o Republicanos. Rafael nunca foi um grande defensor de Perissinotto, mas vez ou outra o vereador reconhecia o trabalho do prefeito e fazia seus elogios a Gustavo. O Republicanos tem o vereador Irander Augusto como presidente e já estava na base. O partido vem se preparando com firmeza para as eleições e pode surpreender.
Enfim, outros quadros se formaram com a janela partidária que se encerrou. Entre alguns destaques já revelados anteriormente pela Farol JC está o PP com três vereadores: Julinho Lopes, Adriano La Torre e o vereador mais bem votado na história de Rio Claro, Paulo Guedes. Considerando, ainda, o MDB (Hernani e Geraldo) e Podemos (Carol), Gustavo segue com maioria na base com 14 vereadores de um total de 19.