Ednéia Silva
A taxa de desemprego no país bateu recorde no terceiro trimestre (julho, agosto e setembro) de 2015. O índice atingiu 8,9%, maior percentual desde o início da série em 2012. No trimestre anterior (abril, maio e junho), o indicador estava em 8,3%. A taxa de 2015 superou também a de 2014. No terceiro trimestre do ano passado a taxa de desocupação foi de 6,8%.
Os dados divulgados nessa terça-feira (24) pelo IBGE fazem parte da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio Contínua Trimestral (Pnad Contínua). De acordo com a pesquisa, nesse período o Brasil tinha 92,1 milhões de pessoas empregadas e 9 milhões de desempregados. O IBGE não divulgou dados dos municípios, mas outros levantamentos confirmam o aumento do desemprego. Segundo o Caged (Cadastro Geral e Empregados e Desempregados), do Ministério do Trabalho, no terceiro trimestre Rio Claro registrou 5.151 admissões e 6.405 desligamentos, ficando com saldo negativo de 1.254 vagas.
No comércio, foram 1.278 contratações e 1.320 demissões, saldo de -42. No setor de serviços, o município admitiu 2.283 trabalhadores e demitiu 2.725, saldo de -442. Na indústria de transformação foram 1.004 admissões e 1.761 desligamentos, com saldo de -757. De janeiro a outubro deste ano, Rio Claro registrou 20.146 contratações e 22.350 demissões, saldo negativo de 2.204 vagas.
A diretoria regional do Ciesp (Centro das Indústrias do Estado de São Paulo) de Rio Claro, composta por sete municípios, teve resultado negativo em setembro com variação de -0,34%, uma queda de aproximadamente 150 postos de trabalho. No acumulado do ano (janeiro a setembro), o índice também é negativo: -2,75%, uma queda de cerca de 1.400 empregos.
O presidente do Sindicato dos Empregados no Comércio de Rio Claro, Dorival Bueno da Costa, comenta que o número de dispensas no comércio está um pouco maior que nos anos anteriores, mas não tão acima do normal. No entanto, Costa acredita que, se a crise continuar, poderá haver desemprego no setor.
Outro reflexo da situação é com relação às vagas temporárias. O sindicato entende que neste ano não haverá o mesmo volume de contratações temporárias. Geralmente são criadas entre 500 e 600 vagas, mas ele acredita que neste ano não cheguem a 200.