Diretor presidente da CEEE Equatorial, concessionária de energia elétrica no Rio Grande do Sul, o engenheiro rio-clarense Riberto Barbanera

Diretor presidente da CEEE Equatorial, concessionária de energia elétrica no Rio Grande do Sul, o engenheiro rio-clarense Riberto Barbanera fala sobre a tragédia das enchentes

Após as mortes, prejuízos e outras perdas causadas pelas enchentes que devastaram o estado, o Rio Grande do Sul agora começa a enfrentar o desafio da reconstrução. Uma das lideranças envolvidas no planejamento da retomada é um engenheiro rio-clarense. Riberto Barbanera é o diretor presidente da CEEE Equatorial, a empresa que distribui energia elétrica para Porto Alegre, a capital do estado, para a região metropolitana e o litoral. Integrante do Comitê de Crise que reúne representantes do governo e da iniciativas privada, Barbanera está no comando da concessionária no RS desde agosto de 2023. Nesse período, foram vários momentos de crise, devido aos temporais. Foram seis ocorrências, culminando com as enchentes de maio, numa proporção jamais vista até por antigos moradores da região. “Eu estava na Equatorial em Goiânia, em julho do ano passado fui chamado para ir até Porto Alegre compor o grupo de trabalho após as fortes chuvas de julho do ano passado. Retornei ao trabalho em Goiás e logo em seguida, em agosto, fui chamado para voltar ao Rio Grande do Sul para assumir o cargo de diretor presidente. Em dois dias eu já estava em Porto Alegre” relembra o engenheiro eletricista.

Porto Alegre submersa durante as enchentes. Foto: Gustavo Mansur/Palácio Piratini

Aos 59 anos e com 41 anos de experiência no setor, Barbanera se deparou com um cenário de destruição que nunca imaginou enfrentar. “Vendo imagens pela televisão as pessoas já ficam assustadas, mas nada se compara a estar lá. Assim que as águas subiram, tivemos que interromper o fornecimento de energia, porque bombeiros e voluntários não conseguiam chegar até as casas para resgatar as vítimas, já que a enchente estava na altura dos cabos. As equipes da Equatorial também passaram a trabalhar no socorro às vítimas. Passei dias envolvido no trabalho, é uma situação extrema. Ainda temos trechos onde não foi possível retomar o fornecimento de energia devido aos alagamentos. Há um risco de acidentes se a rede estiver energizada.” alerta o engenheiro.

Agora fica o desafio de reconstruir o estado, tentar recuperar a economia, já muitas pequenas e micro empresas tiveram que fechar suas portas devido aos prejuízos, levando também ao aumento do desemprego. “As famílias perderam todos os seus pertences, vão recomeçar do zero. O povo brasileiro foi muito solidário, mas a ajuda ao Rio Grande do Sul terá que prosseguir. Os prejuízos são imensos e o cálculo é que as enchentes afetaram 2,6 milhões de pessoas”.

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