Padre Gutemberg com a imagem de Nossa Senhora Aparecida no dia da alta de Davi

“A força da oração foi o que manteve a gente em pé. Quanto aos médicos, sem palavras. Foram incansáveis neste processo”, diz pai Tiago

Tiago Megali, 41 anos, e a esposa Patricia Gracioli dos Santos Megali, 37 anos, são pais de Daniel (5 anos) e Davi (1 ano). No mês de março deste ano a família começou a enfrentar uma batalha que se transformou em uma corrente de oração que se expandiu e chegou a muitos lugares.

Tudo começou quando surgiu uma feridinha na boca do caçula Davi: “Ele apresentou febre, depois não estava conseguindo comer. Procuramos atendimento médico, iniciamos com medicações passadas, mas ele não estava melhorando. Na quarta vez que buscamos ajuda foi constatada uma infecção grave além do quadro de insuficiência respiratória. Era 22 de março e neste dia ele já foi intubado e sedado. Começava ali a luta do meu filho, da nossa família e dos médicos”, relembra o pai Tiago.

Ele conta que foram administrados três tipos de antibióticos e que era esperado que nas primeiras 48 horas Davi respondesse ao tratamento, mas não foi o que aconteceu: “Os dias foram passando e os médicos faziam todos os tipos de exames possíveis como dengue, Covid, hepatite, até mesmo HIV e todas davam inconclusivos. Repetiam e inconclusivos novamente. Buscavam encontrar um diagnóstico que levasse àquele quadro e nada. Conversavam comigo e com a minha esposa para tentar encontrar um histórico na família de alguma doença e nada. Chegamos a conversar na escola para ver se ele tinha tido contato com algum tipo de substância, planta ou algo e nada também. Ou seja, uma verdadeira varredura já que o Davi antes disso, desde que nasceu, só tinha tido um resfriado ou outro, coisa corriqueira. Minha esposa teve uma gravidez tranquila. Era uma angústia não encontrar respostas. Os médicos da Unimed faziam contato com outros colegas de outros hospitais, outras cidades e nada”, relata.

O pequeno Davi começou a esboçar uma resposta quando a equipe médica entrou com um antifúngico: “Foi uma melhora discreta, mas que nos encheu de esperança. Minha esposa tirou uma licença no trabalho e nesse período de dois meses não saiu do lado dele no hospital. Eu ia nos horários de visita e não teve um só dia que eu não saísse de lá sem passar na capela ecumênica, me ajoelhar e rezar. Como somos da comunidade da Aparecida, a luta do Davi também virou a luta de todos que fizeram uma corrente de oração. Parentes meus e da minha esposa em outros estados também passaram a orar e essa fé pela cura do nosso filho foi se expandindo e passando por todas as religiões até que chegou o dia da tão sonhada alta. Neste processo, além dos médicos da Unimed, eu e minha esposa também agradecemos ao Padre Renato Andreatto e ao Padre Gutemberg que fizeram vistas, oraram. No dia da alta o Padre Gutemberg inclusive levou a imagem de Nossa Senhora Aparecida até o hospital. Foi um momento que comoveu a todos nós e a equipe médica”, recorda o pai.

“Ver a melhora do pequeno Davi é motivo de bendizer a Deus pelo dom da vida, da cura, da recuperação. Depois do Davi deixar o hospital, nos alegramos por ele, porque nós cremos que a fé move montanhas. Esse tempo agora é também de revigoramento e de renovação. Enquanto ele estava internado foi um tempo de exercitarmo-nos na generosidade, na caridade e na oração. Hoje a palavra mais usada depois que o Davi deixou o hospital é gratidão. Agradecer pelo dom da sua vida. Durante a internação não demos sossego aos santos e a Nossa Senhora pedindo a intercessão deles para que pudesse vencer a luta contra a infecção. Sem dúvidas, a prece dos irmãos e irmãs cura tanto quanto as medicinas aplicadas nas veias. Algumas manifestações foram marcantes, como de uma pessoa da equipe médica, que se demorou em prece ao meu lado, perto do Davi, em silêncio, sem anunciar-se ou fazer alarde, simplesmente ficou ali, fazendo uma prece sincera, solidária, curativa junto a mim. Aquele testemunho também me comoveu muito. Hoje somos gratos por esse milagre chamado: Davi”, declarou o padre Gutemberg da Silva Santos, da Paróquia Nossa Senhora Aparecida.

Davi agora está em casa e segue com o tratamento já que não teve nenhum diagnóstico fechado. Será assistido também pelo Hospital de Crianças da USP de Ribeirão Preto: “Davi tem um longo caminho pela frente ainda após a alta mas tem se mostrado um guerreiro. Tem feito fisioterapia e não deixa de sorrir. É apaixonado pelo irmão e em casa tudo fica mais leve apesar dos cuidados serem intensos. Esperamos, eu e minha esposa, que esse nosso relato possa de alguma forma alcançar outras famílias que tem enfrentado momento difíceis ou até piores que o nosso. Não desistam de acreditar nunca”, finalizou o pai Tiago.

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