Morando em Rio Claro há mais de 50 anos, professor Osmar organizou livro junto a pesquisadores que também foram premiados
O professor Osmar Moreira de Souza Júnior, docente no Departamento de Educação Física e Motricidade Humana (DEFMH) da Universidade Federal de São Carlos e coordenador do Grupo de Estudos e Pesquisas dos Aspectos Pedagógicos e Sociais do Futebol (ProFut), juntamente com Ricardo Souza de Carvalho e Denis Prado, pesquisadores do ProFut organizaram o livro “Do futebol moderno aos futebóis transmodernos: a utopia da diversidade revolucionária”, publicado pela editora da Ufscar em maio de 2023.
Recentemente, no dia 6 de agosto, a obra, escrita por 40 autores, faturou o 1º Prêmio Jabuti Acadêmico, na categoria Educação Física, Fisioterapia, Fonoaudiologia e Terapia Ocupacional e os motivos para celebrar são muitos. Morando em Rio Claro há mais de 50 anos, Osmar conta que a obra surgiu do grupo que coordena e das experiência vividas por seus integrantes.
“Há 10 anos coordeno este grupo de estudos de futebol e acabamos formando uma grande rede, construída ao longo de tantos anos e resolvemos juntar as experiências. Foi quando começamos a escrever o livro, lançado no ano passado. Sou organizador, junto com meus dois colegas, mas este trabalho foi realizado por muitos autores, são no total, 40 autores, entre estudiosos do futebol, pesquisadores, jogadoras que atuaram na seleção brasileira e hoje treinam times de base, como a Andreia Rosa, por exemplo, a Nicole Ramos, atual goleira do Corinthians”, explica o docente.
A reunião de vivências também possuí experiências de coletivos LGBTs, por exemplo. “Temos autores gays, que participam de times de futebol formados por gays, temos um escritor trans, que narra sua vivência num time formado por homens trans na cidade de São Paulo. E para mim esta é a grande força do livro, uma relação horizontal entre as as pessoas que são da academia e as que militam, taticam, que defendem possibilidades diferentes nesses tantos futebóis que é possível existir”, fala.
A inscrição no 1º Prêmio Jabuti Acadêmico veio através de um chamamento da própria editora da universidade, que disse ao professor das boas chances do material. “Foi quando fizemos a inscrição, passamos pela seleção, ficamos entre os 10, depois entre os cinco e quando fomos para São Paulo, no dia 6 de agosto, veio então a surpresa”, conta o professor, feliz e realizado com o trabalho. O grupo participou ainda do último dia da 27ª Bienal Internacional do Livro de São Paulo, durante uma sessão de autógrafos.