Carine Corrêa
Na madrugada do último dia 24, um idoso foi agredido até a morte no bairro Santa Maria. Há suspeitas que o homem tenha sido espancado depois de molestar uma criança. Ainda em Rio Claro, houve o caso da Verônica, assassinada a facadas em setembro de 2014. Pouco depois, foi encontrado o corpo do homem suspeito de ser o autor do crime. O corpo estava carbonizado, e a Polícia acreditava na época em justiça com as próprias mãos. Mas,até que ponto funciona esse tipo de punição?
“Pessoas que cometem crimes devem ser reeducadas e ressocializadas. A simples punição individual não combate as raízes sociais, históricas e psicológicas da criminalidade, podendo ainda gerar uma espiral de violência que a agrava”, pontua o sociólogo Airton Moreira Jr. Conselheiro tutelar, Leonardo Alves também é contra esse tipo de punição, e relembra o linchamento que ocorreu na cidade de Santos. “Uma moradora foi linchada e morta e posteriormente foi comprovado que ela era inocente”, resgata o conselheiro. Secretário Municipal de Segurança e Doutor em Geografia, José Gustavo Viégas Carneiro fecha a discussão. “A certeza da impunidade estimula a barbárie que se manifesta também na forma do justiçiamento. Se nada fora transformado ou aperfeiçoado o justiçiamento aumentará e a justiça será também privatizada”.