Antonio Archangelo/Coluna PolítiKa
Desde que, pela primeira vez na legislatura, os governistas derrubaram veto do prefeito Altimari, a base de apoio passou a deflagrar críticas ao Executivo. Na sessão dessa segunda-feira (15), vereadores (que não votaram nada, já que todos os projetos receberam pedidos de vistas) criticaram postura da administração, sobretudo na Fundação de Saúde, que estaria limitando a dispensação de fitas de glicemia para pacientes.
A noite começou tumultuada, quando o vereador Julinho Lopes (PP) entregou à imprensa cópia do e-mail que provaria que a lei alvo de veto do prefeito (na semana anterior) teria sido enviada pela Secretaria de Planejamento, Desenvolvimento e Meio Ambiente (Sepladema). Na semana passada, a titular da pasta, a vice-prefeita Olga Salomão (PT), chegou a dizer que era mentira do parlamentar.
No documento, Julinho cita correspondência digital enviada por Adriana Quites Arantes – diretora de Desenvolvimento Urbano e Gestão Territorial – encaminhando o texto da lei aprovado pela COAP – Comissão de Aprovação da pasta. Após aprovação no legislativo, a lei foi vetada pelo prefeito por abrir período de carência para lotes se regularizarem quanto ao recuo obrigatório determinado na legislação vigente.
Em sua fala, a líder do PMDB Maria do Carmo não poupou críticas à gestão da Saúde. Chegou a dizer que “podem me xingar, mas agora até horário para entregar fitinha colocaram nas UBs”, disse.
Outra que subiu o tom com a administração foi a vereadora Raquel Picelli (PT), ao saber que manutenção do prédio da escola Chanceler teria sido motivo de tratativas do prefeito e do Governo do Estado. “O prefeito me disse que a prefeitura ficou responsável pela manutenção”, disse Julinho.
“Devemos cobrar e exigir que algo seja feito”, respondeu Raquel ao defender requerimento. “Quero lembrar que até o deputado Rodrigo Garcia (DEM) esteve no local prometendo a transferência da ETEC para lá”, tentou desviar o foco o vereador Agnelo. Para Dalberto, “não podemos colocar ao município uma responsabilidade do Estado”. O peemedebista Anderson também criticou a Saúde.