Da Redação
A falta de chuva ameaça o abastecimento de água em pelo menos 200 municípios paulistas, sendo maior a crise na Grande São Paulo e nas regiões de Campinas e Piracicaba. Para contornar o problema, seis cidades adotaram racionamento. É o caso de Cordeirópolis, que dividiu a cidade em duas regiões que são abastecidas em dias alternados. A situação preocupa porque houve queda no nível e na vazão dos rios.
Devido à seca, o nível dos rios tem se mantido em baixa. Na segunda-feira (12), o Corumbataí tinha vazão de apenas 1,63 m³/s por segundo (m³/s). Às 7 horas dessa terça-feira (13), a vazão era de 4,26 m³/s e o nível era de 1,31 metro, segundo informações da Sala de Situação do Comitê PCJ.
A situação do Rio Corumbataí também é monitorada por Piracicaba, abastecida por ele. O Rio Jaguari, que abastece Limeira, está com nível crítico, mas a concessionária garante que não haverá racionamento. O Daae (Departamento Autônomo de Água e Esgoto) informou que a “vazão média de captação na ETA 1 é de 320 litros/segundo e na ETA 2 é de 500 litros/segundo, inferior à outorga atual de licença do Daee (Departamento de Águas e Energia Elétrica)”. A autarquia mais uma vez reiterou que “as áreas de captação, tanto da ETA 1 como da ETA 2, estão dentro do nível satisfatório para atender o processo de captação, tratamento, reservação e distribuição de água tratada no município de Rio Claro”.
De acordo com a autarquia, é feito monitoramento diário dos mananciais nos locais de captação de água para o abastecimento público. “Com base nesse monitoramento, se houver necessidade de outras medidas em relação ao abastecimento, elas serão tomadas. Por ora, o Daae mantém a orientação para que a comunidade faça o uso racional da água”, frisa o departamento. O trabalho de conscientização contra o desperdício também é feito nas escolas municipais, com ações educativas realizadas com os alunos.
A situação do Sistema Cantareira, que abastece a Grande São Paulo, piora a cada dia. Na tarde dessa terça-feira (13), o nível acumulado caiu para 8,6%. Diante da crise, o governo do estado decidiu usar o volume morto, que fica abaixo do nível das comportas, a partir desta quinta-feira, dia 15.