Antonio Archangelo
As mudanças para a revisão do chamado Plano Diretor de Rio Claro pode ficar para o próximo ano. A expectativa é de que a votação do documento elaborado pela Secretaria de Meio Ambiente, até então sob o comando da vice-prefeita Olga Salomão (PT), seja postergada. Em ano eleitoral, vereadores que buscam a reeleição devem evitar polêmicas. No PMDB, o segundo-secretário do Legislativo, vereador Anderson Christofoletti, disse à reportagem do Jornal Cidade que “percebeu muitas alterações com relação ao zoneamento, principalmente em bairros que anteriormente eram apenas residenciais”. “Estou elaborando um requerimento que peça à administração que consulte os moradores que estão nas proximidades destas mudanças”, frisou o peemedebista. Líder do partido na Câmara, a vereadora Maria do Carmo também prevê “polêmicas na votação”. Para ela, alguns pontos poderão ser alterados com diálogo entre os interessados, vereadores e o Executivo. “Ainda falta fazer as audiências públicas nos dias 28 de abril e 3 de maio. A previsão é de que a votação aconteça dia 16 do próximo mês”, cita Maria.
Um dos primeiros a criticar a celeridade do processo na Câmara é o governista Julinho Lopes (PP). Para ele, “se a Prefeitura teve um ano para elaborar a revisão, não será em 15 dias que o Legislativo irá aprovar”, argumentou. Lopes também critica as atualizações “camufladas” da lei de zoneamento, caso a revisão do Plano Diretor seja aprovada. “O pessoal do Jardim América está revoltado, pois não os consultaram”, lembra o vereador sobre a mudança de zona residencial para predominantemente residencial, permitindo outros tipos de uso nos lotes. Vereador e líder do Democratas, Juninho da Padaria defende a postergação da votação para melhor análise. Ele também questiona a pressa e a mudanças de bairros sem consulta a populares.
Cabe lembrar que, para regulamentar o atual plano, concebido pelo ex-prefeito Nevoeiro, a promotoria teve que interpor ação civil pública para ‘obrigar’ a votação.