Antonio Archangelo

Sem êxito nas negociações, a expectativa é que a greve dos bancários prossiga na próxima semana. De acordo com Reginaldo Lourenço Breda, presidente do Sindicato dos Bancários de Rio Claro e Região, a categoria rejeitou proposta de 7% de reajuste mais R$ 3.300 de abono. “A greve continua, próxima negociação dia 13, terça-feira, às 14h”, disse Breda à reportagem do Jornal Cidade.
A estimativa é que a greve, deflagrada no dia 6, afete os atendimentos e continue paralisando 65 agências.

Os representantes dos trabalhadores rejeitaram na mesa o índice rebaixado – que representa perda salarial de 2,39% à inflação de 9,62% (INPC), “reforçando que não aceitarão que os bancos levem a categoria de volta à década de 1990. À época, essa política de reajuste abaixo da inflação com abono salarial provocou enormes perdas para a categoria”, cita a nota do Comando Nacional dos Bancários.

Na sexta-feira, de acordo com o movimento grevista, a greve voltou a crescer. Foram fechados 890 locais de trabalho entre agências e centros administrativos, abrangendo cerca de 50 mil bancários, em São Paulo, Osasco e região.

No Brasil, 10.027 agências e 54 centros administrativos tiveram as atividades paralisadas. Esse número representa 42,59% das agências bancárias do país e um crescimento de 14% da mobilização, na comparação com a terça-feira, 6, primeiro dia de paralisação.

Roberto von der Osten, presidente da Contraf-CUT, também coordenador do Comando Nacional dos Bancários, afirma que a resposta dos bancários será o crescimento do movimento grevista em todas as regiões do país. “Nossa resposta já está dada, vamos continuar lutando e esperamos que na próxima rodada de negociação os bancos nos apresentem uma proposta decente. Unidade e mobilização não faltam à categoria, que já mostrou sua força nesta primeira semana de greve, quando batemos o recorde de paralisações no primeiro dia”, citou o sindicalista.

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