Vivian Guilherme
Desde 1979, o Arquivo Público e Histórico de Rio Claro “Oscar de Arruda Penteado” vem cumprindo um papel importante na guarda da história local e a partir de 2009 vem se preocupando de forma mais sistemática na democratização do acesso ao acervo, para que pesquisadores possam, com sua dedicação, concluir seus trabalhos acadêmicos, e rio-clarenses possam conhecer mais aprofundadamente sua história.
Para muitos que desconhecem o trabalho desenvolvido dentro do Arquivo ou até mesmo sua utilidade para o município, o JC conversou com a atual superintendente da autarquia, Maria Teresa de Arruda Campos, que fez um levantamento das ações desenvolvidas pelo órgão nos últimos anos, com ênfase nas atividades que contemplaram a população.
Segundo levantamento da própria autarquia nos últimos oito anos, o Arquivo Intermediário atendeu a 44.222 solicitações de documentos públicos e o Arquivo Permanente atendeu a 14.880 interessados presencialmente ou por solicitações via e-mail.
Além das pesquisas, Teresa lembra que uma das preocupações do Arquivo foi ampliar o acervo e também divulgar a história e memória do município. Neste sentido, eventos e publicações foram realizados nos últimos anos. Vale destacar o registro oral de histórias da população, sobretudo da comunidade negra.
Foram 449 documentos registrados em filmagem, sendo 85 da comunidade negra local e 14 conversas Griô que aconteceram tanto na sede da Autarquia, como em espaços significativos para a comunidade negra local. Da mesma forma, o Portal Memória Viva produz e disponibiliza em seu site documentários de 15 minutos que contam histórias da cidade e de sua gente. Foram gravados 218 depoimentos, somando 202 horas de gravação e estão disponibilizados no site 74 depoimentos, incluindo as Conversas Griô.
O Concurso Fotográfico Rio Claro Revela sua História teve oito edições, reunindo 1.497 fotografias sobre a cidade. Da mesma forma, o Concurso de Artes Novos Olhares, em suas 16 edições, reuniu 601 obras das 860 inscritas de 469 artistas.
Dentre os eventos, cabe mencionar o Bate-papo Cultural, evento mensal que passou de 100 encontros com pesquisadores e estudiosos. Somaram-se, também, a essa iniciativa 41 cursos e oficinas, dois seminários e jornadas, nove rodas de conversa, além de 13 Conversas Griô.
O Acervo do Arquivo conta com as bibliotecas Plínio Salgado, Roberto Palmari, Rui de Arruda, além de diversos fundos e coleções e hemerotecas.
“Um Arquivo é um lugar de guarda, sem dúvida, mas também é um lugar de produção de saberes, a que se dá o nome de difusão”, explica Maria Teresa, que atenta para as publicações feitas nos últimos anos. Foram 16 revistas, com 315 artigos de 208 articulistas, 12 livros, 10 coleções de postais, sete agendas, folhetos, 16 catálogos de exposições, 30 exposições de fotografias em painéis ou banners.
ÁUDIO
Clique no player abaixo e confira entrevista da atual superintendente da autarquia, Maria Teresa de Arruda Campos, para a Rádio Excelsior Jovem Pan News, do Grupo JC de Comunicação.
