Aparelhos - os famosos ‘orelhões’ - seguem firmes e fortes na cidade, apesar da oferta de equipamentos tecnológicos que prezam pela rapidez e praticidade

Adriel Arvolea

Da ficha ao cartão telefônico. Da cabine laranja a pinturas em roxo, verde e azul. Lançados em 4 de abril de 1972 na capital paulista, os telefones públicos – famosos ‘orelhões’ -, ainda, resistem ao tempo.

Mesmo com o avanço da tecnologia e dos equipamentos modernos à disposição, na definição da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel), o telefone público é uma importante ferramenta no processo de expansão da telefonia fixa e de acesso à informação, pois muitos aparelhos estão presentes, inclusive em localidades onde, ainda, não há disponibilidade de linhas residenciais.

Aparelhos - os famosos ‘orelhões’ - seguem firmes e fortes na cidade, apesar da oferta de equipamentos tecnológicos que prezam pela rapidez e praticidade
Aparelhos – os famosos ‘orelhões’ – seguem firmes e fortes na cidade, apesar da oferta de equipamentos tecnológicos que prezam pela rapidez e praticidade

De acordo com a Telefônica/Vivo, a empresa opera 198 mil orelhões em todo o Estado de São Paulo. Destes, 837 em Rio Claro. A densidade de telefones públicos na cidade e no Estado é de quatro aparelhos por 1.000 habitantes, conforme determinado pela Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel).

Adilson Júnior tem 19 anos. Sabe da existência dos ‘orelhões’, mas nunca chegou perto de um. “Sou da geração do celular. Nunca precisei usar o telefone público”, comenta. Será que ele sabe que antigamente era preciso depositar uma ficha para efetuar as ligações? “Não imaginava isso”.

Todas as localidades com mais de 100 habitantes devem ser atendidas com pelo menos um orelhão disponível 24 horas por dia e capaz de realizar chamadas de longa distância nacionais e internacionais.

Mas, Olívia Matos, 51 anos, vivenciou a fase das fichas. “Usei muito o ‘orelhão’. Quando estou na rua, sem celular, e preciso realizar uma chamada, recorro ao mais próximo. É uma ferramenta importante, pois como fica a situação de quem não tem celular? Vivi essas transformações e acho válido continuarem em funcionamento”, questiona Olívia.

Apesar da oferta dos telefones públicos, a empresa ressalta que um volume expressivo de cúpulas, postes e aparelhos sofrem atos de vandalismo, exigindo medidas adicionais para que os orelhões estejam disponíveis ao público em boas condições.

“Para solicitar reparos, o usuário pode entrar em contato com a Central de Atendimento 103 15 (ligação gratuita) que funciona 24 horas nos sete dias da semana”, orienta a Telefônica/Vivo.

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