Consumidor deve olhar atentamente a composição dos produtos destinados à bebês e crianças pequenas

Do Portal do Governo

Para garantir que o consumidor adquira produtos que atendam as especificações corretas, o IPEM-SP (Instituto de Pesos e Medidas do Estado de São Paulo) fiscalizou e coletou no comércio de pequeno, médio e grande porte da capital e Ibitinga, no interior paulista, os kits para bebês utilizados nos berços, composto por lençol, fronha, edredom, protetor com cabeceira e laterais.

O órgão foi informado por fabricantes de tecido que diversas confecções do chamado “Kit Bebê” divulgam os produtos de maior contato com a pele da criança, como fronhas e lençóis, como sendo 100% algodão (fibra natural), o que não foi comprovado na fiscalização.

Após a coleta, feita pelas equipes de fiscalização, o material foi analisado em laboratório credenciado. Das 20 amostras coletadas, 16 (80%) foram reprovadas e apenas 4 eram 100% compostas por algodão. As demais apenas indicaram na etiqueta, no entanto, continham quantidades elevadas de poliéster. O caso mais grave foi a presença de quase 50% desse material.

Confira aqui lista dos fabricantes com produtos aprovados e reprovados.

As amostras coletadas pertenciam a 18 empresas do estado de São Paulo, com fabricantes de São Paulo e das cidades interioranas de Ibitinga, Itápolis, Novo Horizonte e Tabatinga.

Para alguns bebês e até crianças e adultos, as alergias são apenas alguns dos problemas ocasionados por produtos inadequados, no caso, o poliéster, uma fibra sintética derivada do petróleo. Um bebê coberto por um lençol com quase 50% de poliéster, como observado em um dos casos, irá transpirar mais no calor, perdendo assim mais líquido, do que se estivesse coberto com um lençol 100% algodão.

Para o superintendente do IPEM-SP, Guaracy Fontes Monteiro Filho, em alguns casos os pais podem detectar uma alergia e, ao levar ao médico, o mesmo pode indicar algum tipo de medicamento sem imaginar que o problema teve origem na composição têxtil. “A composição do tecido descrita de maneira errada na etiqueta é má fé do fabricante, diria que um tipo de fraude, valorizando o produto, encarecendo ao dizer que é 100% algodão e não é, podendo ocasionar problema na saúde do bebê”, explicou Monteiro.

Ao comprar as roupas para o bebê e os itens a serem utilizados, como os kits para berço, o consumidor deve se preocupar não apenas com a decoração do ambiente, mas principalmente com a composição do produto. Por isso, é fundamental olhar atentamente a etiqueta.

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