Dona Benedicta Trindade Lopes, de 102 anos de idade, mora com a família, mas a casa vive cheia de amigos e parentes queridos

Laura Tesseti

Benedicta Trindade Lopes completou 102 anos no último dia 13. Nascida na cidade de Ventania, no Estado do Paraná, veio para Limeira aos quatro anos de idade, devido à transferência de seu pai, que trabalhava na ferrovia: “Morei em diversas cidades da região e depois minha família acabou voltando para Limeira, tudo isso devido às transferências de meu pai”, conta, lúcida e com um belo sorriso no rosto.

Sua mãe faleceu quando Dona Benedicta ainda era criança, mas o pai, Jayme Vaz Trindade, casou-se novamente com Carolina Cruz: “Foi ela quem me criou com muito amor e carinho. Cuidou de mim e de todos os meus irmãos”, conta.

A centenária conheceu o marido em Limeira. Joaquim Rodrigues Lopes, conhecido como “Pioinho” em Rio Claro, cidade onde moraram e constituíram família após diversas mudanças, também devido à ferrovia, onde o esposo trabalhava: “Chegamos a Rio Claro em 1953, com nossos seis filhos. Meu marido faleceu em 1985. Tivemos sete netos e quatro bisnetos, nossa família é grande e sempre gostei de cuidar das crianças”, fala.

Costureira de mão cheia e totalmente ligada nas economias da família, Dona Benedicta cuidou das despesas da casa trabalhando durante 80 anos na profissão: “Sempre foi minha paixão, era algo que gostava muito de fazer, além de sempre manter a casa muito limpa e me alimentar muito bem”, explica.

Questionada sobre o que gosta de comer, bastante enfática, não pestanejou ao falar ‘doce’. E conta que sempre cozinhou para a família no fogão de lenha: “Fazia muitos pães, doces e principalmente o tradicional doce de leite. Tudo para agradar às crianças, meus filhos e netos”.

Muita amada pela família e também por quem a conhece, Dona Benedicta segue firme, sentada em sua cadeira de balanço, com um riso solto e uma alegria de viver que transborda dentro de seus 102 anos de vida muito bem aproveitados.

Catequista

Dona Benedicta fala com muito orgulho sobre ser catequista: “Por todas as cidades onde vivi, desde menina, ensinava catequese aos que queriam aprender. Fui a primeira mulher a dar catequese na Capela de Santa Luzia, ensinava as crianças e, quando era preciso, fazia as roupas da Comunhão”, finaliza.

A sua assinatura é fundamental para continuarmos a oferecer informação de qualidade e credibilidade. Apoie o jornalismo do Jornal Cidade. Clique aqui.

Mais em Dia a Dia: