Espaços amplos, tijolos e tubulações aparentes, madeira, metal e muito concreto. Essas são algumas características do chamado “estilo industrial”, bastante presente em projetos atuais. A arquiteta, urbanista e designer de interiores Mariane Firmiano explica como teve início a inserção desse novo olhar: “Surgiu nos Estados Unidos entre as décadas de 60 e 70 e desde a época é conhecido por sua singularidade, chegou à decoração graças à transformação de galpões e estúdios em lares”. A profissional segue: “Esses espaços amplos, repletos de tijolos e tubulações aparentes, madeira, metal e muito concreto, servem de referência para este estilo”.
Para quem quer investir pesado no estilo, a arquiteta aponta algumas mudanças mais significativas no ambiente: “Vigas e colunas aparentes, o piso, trilhos com spots, a iluminação é um ponto forte, simulando a elétrica exposta do industrial. As cores que representam o estilo são preto, branco e cinza, por serem mais urbanas e remetem à infraestrutura das fábricas. Mas não deixe de usar as cores quentes, nesta decoração elas podem ficar nos detalhes e objetos”. E também tem como dar esse toque urbano por meio da decoração: “Invista em adesivos ou papéis de parede que imitem o efeito de cimento queimado, pedra, ferro ou tijolos expostos. Molduras e quadros auxiliam também na transformação”.
E as dicas não param por aí! A designer fala sobre um ponto-chave: “É possível deixar a casa em estilo industrial permitindo a ideia de fábrica invadir, com exposição de estruturas, vigas, tijolos, colunas, tubulações elétricas e hidráulicas, junto a isso utilizar tons de cinza, materiais rústicos, como madeiras de demolição e metais”. Sobre os pontos positivos e negativos do estilo, Mariane pondera: “Costumo dizer que não existem pontos fracos no estilo industrial, mas tem que ter gosto e estilo. Acredito que algo que possa contar contra seja custo mais alto com tubulações, mas ganha-se praticidade e funcionalidade”.