Carine Corrêa
O medo de ter o carro riscado é o principal motivo que leva os munícipes a contribuírem com o trabalho informal dos flanelinhas. A informação é do comandante da Guarda Civil Municipal de Rio Claro, Wlademir Walter. Ele explica que a incidência dos “seguranças irregulares” cresce com o período festivo, quando há aumento em eventos típico desta época do ano, a exemplo das Festas Juninas.
O trabalho dos flanelinhas, segundo o comando da GM, só é permitido quando ele é vinculado a alguma entidade assistencial. “Quando os guardas fazem a abordagem, a primeira pergunta que fazem é se têm documentos que ‘regularizem’ sua atividade. No caso, quando estão associados a alguma entidade”, explica Wladimir.
Quando não há nenhum tipo de documento que autorize sua permanência no local, a primeira providência da Guarda é retirar o flanelinha do local. “Há casos em que eles fazem algum combinado com a organização de determinados eventos. Toleramos, dentro dos limites estipulados, que eles exerçam a função amadora nesses eventos. Mas é importante ressaltar que esses profissionais amadores não têm permissão para fechar vias públicas”, ressalta Walter.
Apesar de informais, a maior parte dos flanelinhas é organizada por um grupo de Limeira, conforme revela o comandante da GCM. “É bem provável que eles observem a programação da cidade e se organizem para atuar nos eventos”, ressalta Wlademir.
Ele atenta principalmente para aqueles que agem de má-fé e, em configuração muito similar a um golpe, oferecem seus serviços aos motoristas, mas assim que são pagos pelo trabalho de vigiar o carro saem do local.
“Têm alguns flanelinhas que ainda fornecem aos motoristas uma espécie de comprovante que é produzido em gráficas, na tentativa de passar mais credibilidade aos ‘clientes’”, salienta Wlademir Walter.
A orientação é para que a população se conscientize e aja como um agente fiscalizador. Assim que notar qualquer atitude suspeita, pode contatar a Guarda Civil Municipal (GCM) através do telefone 153.
A GCM é contatada para fazer rondas em eventos por meio de ofícios. Há uma demanda variada de solicitações, desde pedido de fiscalizações a transporte clandestino de táxis ou até mesmo para verificar vans irregulares no município. A presença da Guarda também é solicitada em eventos religiosos, como procissões.