Matheus Pezzotti
Na abertura da Copa do Mundo, o cientista brasileiro Miguel Nicolelis fez uma pessoa paraplégica ficar de pé e dar um pontapé em uma bola através de impulsos cerebrais ligados a um exoesqueleto.
Como já mostrado em outra reportagem do JC, o rio-clarense Yves Carbinatti fez parte do grupo de oito voluntários do Projeto Andar de Novo. Este momento na Arena de São Paulo (Itaquerão) é fruto do trabalho da equipe do neurocientista, um dos mais respeitados do mundo, com 156 pesquisadores de vários países que integraram um consórcio responsável pela investigação científica, encabeçado por Nicolelis, professor da Universidade Duke, nos Estados Unidos, e do Instituto Internacional de Neurociências de Natal – Edmond e Lily Safra (IINN-ELS).
Questionado sobre o pouco destaque na abertura do Mundial, Nicolelis diz que houve mudança na apresentação do projeto.
“Era o plano original [levantar da cadeira de rodas e realizar o chute], mas com 29 segundos e com a pressão que nós sofremos, simplesmente era impossível fazer. Não teria como ele ir ao meio de campo e sair com o robô sem que usássemos um carrinho. Aparentemente a Fifa não permitiria isso porque poderia danificar o gramado. Fazia semanas que estava definido que seria na lateral. Um evento desse merecia câmeras em vários lugares, um anúncio formal do locutor do estádio, tanto é que no programa oficial da Fifa constava da programação o chute inicial do projeto. Agora o que fica é a história e não podemos brigar com a história”, afirma.
A matéria na íntegra você confere na edição impressa do Jornal Cidade deste domingo (6).