Da Redação
O Grupo Ginástico Rioclarense recebe neste sábado (2), a partir das 22h, o cantor e compositor Diogo Nogueira. Filho do lendário João Nogueira, Diogo construiu uma carreira própria e é, sem dúvida, um dos principais nomes do atual cenário do samba brasileiro. A reportagem do JC falou com o artista:
JC: Você esteve na semana passada em Piracicaba. Como tem sido a receptividade do público do interior de São Paulo nos shows?
Diogo: A recepção tem sido a melhor possível e fico muito feliz com isso. Sempre fui muito bem recebido no interior de São Paulo, onde as pessoas me acolhem com muito carinho. O público pode esperar muito samba, muita alegria e um repertório para todo mundo cantar e dançar junto, do início ao fim.
JC: No início da sua carreira, relacionar seu nome ao do seu pai era inevitável. Hoje você tem mais liberdade para fazer escolhas em seu trabalho?
Diogo: As comparações com meu pai foram inevitáveis no início da minha carreira. Mas ao longo do tempo, fazendo meus trabalhos, gravando os meus discos, acho que conquistei um espaço meu e tenho enorme orgulho, honra e felicidade de ser filho de um cara tão genial como foi João Nogueira. Tenho seguido minha trajetória e me arriscado a fazer trabalhos como meu mais recente disco “Munduê”, comemorativo de 10 anos de carreira, que é 100% autoral.
JC: Na terça-feira, no Clube do Samba, será o momento de reverenciar a memória de seu pai e de outros grandes mestres da música?
Diogo: Vamos celebrar os 40 anos da fundação do bloco, criado em 1979, por meu pai, João Nogueira, e outros amigos, o que muito me orgulha. O mais importante é manter este legado junto com toda a minha família e cada vez mais reverenciar o samba.
JC: Em relação às escolas de samba no RJ, você tem uma preferência? Em Rio Claro, que era uma referência em desfiles de escolas no interior paulista, o desfile não vai acontecer pelo terceiro ano consecutivo. É importante preservar também a cultura da escola de samba?
Diogo: Sim, minha escola do coração é a Portela! O carnaval é a festa do povo, que já é uma tradição de anos. Na verdade é uma das festas que o povo brasileiro mais festeja e se sente prestigiado, mesmo com todas as diferenças e com todas as dificuldades que se tem durante o ano. É como uma válvula de escape, tão necessária para aliviar um pouco os problemas do dia a dia.