Matheus Pezzotti

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Carlson Gracie Jr durante entrevista. Um dos nomes mais importantes da atualidade no jiu-jítsu, falou sobre a influência e o legado da família, dos trabalhos que realiza e do potencial em RC

No dia 27 de agosto, um dos maiores nomes do jiu-jítsu da atualidade, Carlson Gracie Jr, visitou Rio Claro, quando realizou um seminário da modalidade, em parceria com a Academia Pessoa.

Aproveitando a visita à cidade, Carlson concedeu entrevista à redação do JC e falou sobre a modalidade, os trabalhos que realiza e o potencial que há em Rio Claro.

“O jiu-jítsu é um esporte que está sempre evoluindo, a forma de competir se modifica e traz bastante interesse para as pessoas de diferentes qualidades de vida. É preciso ter um bom condicionamento físico e treino constante, e isso o torna muito interessante”, afirma.

Com 45 anos de idade, pratica jiu-jítsu há 42 anos, sendo a terceira geração da família Gracie, que foi a introdutora da modalidade no Brasil. Atualmente mora em Chicago, nos Estados Unidos, e também busca resgatar o legado, principalmente de seu pai, falecido há oito anos.

“Eu praticamente nasci no tatame. Aprendi os valores do esporte, sempre cresci nesse tipo de ambiente, que te torna bem confiante. Representantes da família Gracie existem no mundo todo, também em estados do Brasil e em Rio Claro, com a Academia Pessoa. Quando não estou em Chicago, viajo para visitar as academias que trabalham com a minha equipe, herança do meu pai. Não poderia deixar o legado do meu pai morrer e meu trabalho no momento é resgatar esse pessoal, fazer a equipe ficar mais forte e crescer no esporte”, comenta.

Carlson Gracie Jr também já praticou judô e integrou a seleção brasileira de luta-livre olímpica, mas, pelo nome que carrega, buscou no mercado a melhor opção para evoluir.

“No judô eu acho que ficaria devendo um pouco e na luta-livre olímpica, não seria muito interessante para mim porque não é muito difundido no Brasil. E como o jiu-jítsu é fundamental no MMA, foi por isso que se difundiu bastante, principalmente no exterior, quando viram a necessidade de se lutar no chão, decidi por essa modalidade, ainda mais pelo nome que levo. Muita gente acha que é a mesma coisa, mas são dois estilos bem diferentes”, explica.

Por morar nos Estados Unidos, Carlson Gracie Jr vê, principalmente no trabalho feito com a Academia Pessoa, que faz parte de sua equipe, um potencial nos lutadores da cidade e no modelo de trabalho.

“Quando eu participava das competições de judô e luta-livre olímpica, sempre ouvi falar muito bem da família Pessoa e, depois de conhecer a Simone e todo o trabalho feito na cidade, posso dizer que Rio Claro é um expoente da modalidade e vamos fazer um trabalho para que seja um modelo a ser seguido e que tenha grandes lutadores”, observa.

A técnica Simone Pessoa, que no dia 29 de agosto foi uma das homenageadas na Assembleia Legislativa de São Paulo, em solenidade aos grandes mestres das artes marciais do Brasil, também comentou sobre o significado da visita de um ícone do jiu-jítsu.

“Para nós é uma honra trazer alguém que bebeu direto da fonte e enriquecer o jiu-jítsu rio-clarense, resgatando a essência da modalidade”, diz.

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