Café JC: Cônsul-geral do Brasil em Chicago é de Rio Claro

 

Marcelo Lapola

ConsulBrasilEUARC
Paulo César de Camargo é rio-clarense, com 35 anos de carreira no Itamaraty

Diplomata de carreira, ministro de primeira classe com título de embaixador com o cargo de cônsul-geral do Brasil nos Estados Unidos na região de Chicago, Paulo César de Camargo é rio-clarense, com 35 anos de carreira no Itamaraty. Nesta entrevista ao café JC, ele fala um pouco sobre sua trajetória e analisa a importância da realização da Copa do Mundo no Brasil.

JORNAL CIDADE – Fale um pouco sobre sua carreira no Itamaraty. Como surgiu o interesse pela Diplomacia?

PAULO CAMARGO – O interesse pela carreira diplomática começou na verdade com meu pai. Por motivos diversos, ele não teve condições de seguir, mas me inspirou bastante. Sempre gostei muito de ler e, mesmo sendo Rio Claro na época uma cidade bem interiorana, sempre tivemos aqui boas livrarias. Desde essa época em que estudava no Joaquim Ribeiro já me interessava por ler a seção de notícias internacionais dos jornais. Também conseguia ter acesso a revistas americanas, como a Time e a Life.

JC – A entrada no Instituto Rio Branco para estudar diplomacia exigiu muita dedicação?

Sem dúvida. Depois do Ensino Médio no Joaquim Ribeiro, fui estudar Direito em Campinas e lá tive contato com a Aliança Francesa, onde também comecei a aprender o francês. Paralelamente comecei a me dedicar a estudar para o processo de admissão no Instituto Rio Branco. Tive também muita ajuda de professores, como o Chagas e o Jaime Leitão, na orientação a leituras e até na correção de redações. Fiz o vestibular e passei, com 23 anos. Estudei lá por 2 anos.

JC – Quanto tempo de carreira? Fale sobre os principais lugares por onde passou.

Já tenho 35 anos de carreira e nesse tempo tive a felicidade de trabalhar em excelentes lugares, como Washington D.C., Montevidéu, em Nova York e Otawa, no Canadá. Fiz também algumas missões à África e fui o responsável pela estruturação administrativa para abrir a primeira embaixada do governo Lula em São Tomé e Príncipe.

JC – Qual sua avaliação das relações entre EUA e Brasil?

Temos relações muito sólidas. Da minha jurisdição em Chicago faz parte um total de dez estados do Meio-Oeste americano. E seja nas universidades, para empresários ou a população americana em geral, é possível encontrar muitas semelhanças do americano com o brasileiro. Somos muito parecidos socialmente. Os americanos gostam muito dos brasileiros.

JC – Os recentes episódios que revelaram que a NSA havia espionado órgãos do governo e a presidente Dilma Rousseff arranharam de algum modo essas relações?

Não diria que arranhou, mas gerou uma justa insatisfação por parte da presidente Dilma Rousseff e do Itamaraty. É algo que acredito que irá ser sanado de certo modo, mesmo porque Brasil e Estados Unidos têm acordos comerciais e de cooperação, em outras áreas, muito sólidos e importantes.

JC – Qual sua visão a respeito do possível término da exigência de vistos para brasileiros viajarem para os EUA?

Essa questão está sob apreciação dos americanos. Eles têm muito interesse em avançar nisso, até mesmo para fortalecer ainda mais nossas relações e incentivar o turismo. Prova disso é a agilidade maior dada pela embaixada americana no Brasil à obtenção de vistos.

JC – A Copa do Mundo ajuda a melhorar nossa imagem externa? É bom para a economia?

Com certeza, ajuda na exposição do País no cenário internacional. Já promovemos muitos eventos nos EUA com o tema Copa do Mundo, visando a atração de investimentos para o nosso País. E os resultados têm sido muito bons.

JC – E se tivermos protestos populares durante a Copa?

Os protestos, feitos de maneira pacífica, são bem vistos pelos americanos, pois veem isso como o exercício da liberdade de expressão em sua essência.

JC – Cidadão do mundo, hoje como vê Rio Claro, sua terra natal?

Rio Claro sempre foi e sempre será meu ponto de referência. É a minha casa. Meus filhos, desde pequenos, quando falávamos em ir ao Brasil, imediatamente eles diziam: “Rio Claro!” Tanto que penso em voltar a morar na minha querida cidade, quando eu me aposentar. Fazer novos amigos e ficar mais perto dos antigos amigos que tenho por aqui.

Mestre da Congada relembra Figueira de São Benedito

Adriel Arvolea

Ariovaldo relembra infância próxima à árvore
Ariovaldo relembra infância próxima à árvore

 

Uma data histórica: 23 de fevereiro de 2014. Os ponteiros do relógio marcavam 17 horas. Um domingo chuvoso castigaria a centenária Figueira de São Benedito, em Rio Claro (SP). O exemplar não resistiu à força dos ventos e parte do tronco cedeu, caindo na via pública, mas sem deixar feridos. Símbolo da libertação e de manifestações culturais, a árvore é considerada um marco para a comunidade negra. O seu crescimento foi acompanhado pelos encontros, festejos e comemorações de irmandades, negros sambistas, macumbeiros e de tantas outras doutrinas. Tradições que se mantiveram ao pé da figueira ao longo de mais um século.

Uns dizem que a árvore tem entre 100 e 120 anos. Mas José Ariovaldo Pereira Bueno é enfático ao afirmar essa idade. “A Figueira tem muito mais que 150 anos. Em 1946, pertencia à Irmandade de São Benedito e era tudo mato naquela área, um areão, e a árvore já existia. Ali acontecia o samba da Umbigada, o Tambu, uma dança folclórica. Ao redor, havia uns espaços fechados, tipo cercados, onde aconteciam os sambas, o Tambu e o Samba-lenço. Então, pequenininho, já entrava no meio das danças, mas fugia quando a polícia chegava”, relembra.

Líder do Grupo Folclórico Congada e Tambu de São Benedito Rio-clarense, seu Ari, como é conhecido, traz à memória recordações embaixo da sombra da figueira vividas, também, por seus familiares. “Aquela sombra, acolhedora e hospitaleira, era onde meus tataravós faziam oferendas para os orixás. Os negros e escravos faziam suas devoções, cultos e orações junto à árvore. Ali era feito o culto dos negros”, conta. O exemplar, também, é memória viva do crescimento de Rio Claro, pois serviu de pouso para os tropeiros que cortavam a região. “Muitos tropeiros, com suas tropas e boiadas, foram recebidos pela figueira. Além dos cultos dos negros, a árvore era ponto de parada na rota das comitivas”, reforça o líder da Congada.

Parte do tronco da figueira permanece em pé, o que abre discussões quanto ao futuro da árvore: mantê-la como está ou cortá-la com replantio. Independente do destino que se dê ao exemplar, seu Ari acredita na força divina. “Se o vento derrubou a figueira, foi porque Deus quis assim. E Ele, nosso Pai, vai dar condições para que ela se recupere. É algo natural, uma lembrança muito linda que não está acabada. Se foi plantada com carinho, vai se recuperar com o mesmo carinho, se Deus quiser”, diz, confiante.

A intenção do município é preservar o legado histórico-cultural da árvore centenária. Da parte que cedeu, a madeira foi cortada e será conservada, segundo informa a Secretaria de Cultura. “Demos início à preparação dos troncos para que recebam o tratamento químico necessário para sua preservação”, esclarece. Pretende-se, a partir disso, promover concurso público para a produção de obras de arte com as peças estabilizadas.

Boletim de ocorrência pode ser registrado na internet

Carine Corrêa

Utilizando esse recurso, o munícipe evita filas e incômodos associados, como o longo tempo de espera
Utilizando esse recurso, o munícipe evita filas e incômodos associados, como o longo tempo de espera

Além de ser mais prático fazer o registro de boletim de ocorrência via delegacia eletrônica, é também um exercício de cidadania, já que desafoga os plantões policiais.

Quem fornece mais detalhes sobre o passo a passo desse procedimento é o setor de inteligência da Polícia Civil de Rio Claro: “Grande parte das ocorrências registradas está disponibilizada na delegacia eletrônica”, reforça o setor.

Utilizando esse recurso, o munícipe evita filas e incômodos associados, como o longo tempo de espera.

As autoridades explicam sobre a validação do documento via internet: “O boletim eletrônico, registrado online, tem o mesmo valor daquele registrado de maneira presencial, no plantão policial”, destaca novamente o setor.

O departamento policial ainda detalha que, após o registro online, o documento é encaminhado à unidade policial para ser validado. Na unidade, o boletim de ocorrência é conferido por um funcionário e, após a validação, é destinado para o despacho do delegado de polícia titular.

“Ou seja, o mesmo procedimento tomado com relação a boletins elaborados no plantão policial”, reforçam mais uma vez.

É possível o registro de boletim para 13 tipos de ocorrência no site da delegacia eletrônica www.ssp.sp.gov.br/nbo/.

O preenchimento do boletim eletrônico é simples, basta seguir as regras que aparecem na tela, quadro a quadro. Em caso de dúvidas há também uma central de informações que atende através do telefone (0xx11) 3311-3882.

As ocorrências que podem ser registradas na delegacia eletrônica são: desaparecimento de pessoa; roubo/furto de veículo; ameaça; roubos em que não haja danos e/ou vítima de lesão corporal e morte; furto ou perda de documentos; furto ou perda de celular; furto ou perda de placa de veículo; encontro de pessoa desaparecida; injúria, calúnia ou difamação; e casos de acidente de trânsito sem vítima.

Importante lembrar que casos de roubo/furto a estabelecimento comercial ou bancário, roubo/furto a residência e roubo/furto de carga não poderão ser registrados via Delegacia Eletrônica.

A única obrigatoriedade exigida pelo sistema é o fornecimento de um e-mail para que o recebimento do boletim eletrônico seja possível.

Cervejaria de RC lança cerveja Weiss

Marcelo Lapola

prada

Nesta semana a Cervejaria Prada, com sede em Rio Claro, lança sua versão da cerveja Weiss.

Trata-se de uma cerveja de Puro Malte, que leva este nome pois, além de malte de cevada, também é feita com malte de trigo, o que confere a ela características diferenciadas, como a presença dos suaves aromas de banana e cravo.

Será lançada em embalagens de 500 ml, 355 ml, Chope em Keg de 5 litros e Chope em barris convencionais. É um tipo de cerveja que nasceu no sul da Alemanha, de aspecto turvo devido à não filtração.

“A Cerveja Prada Weiss é a nossa sugestão para os consumidores que desejam experimentar cervejas diferentes das que estão acostumados, e entrar no mundo das cervejas especiais”, ressalta Fabio Fray, responsável pelo setor de marketing da Prada.

Segundo ele, por não ser muito amarga, mas ainda assim apresentando complexidade de sabores e refrescância, facilita a apreciação de um “paladar novato”.

Sob o comendo do mestre cervejeiro Celso Höfling, que por mais de 20 anos exerceu a mesma função na Skol-Caracu em Rio Claro, a Cervejaria Prada vem ganhando destaque nacional e internacional .

Pode-se dizer que Celso e a cerveja que fabrica na Prada são herdeiros das mais puras receitas da bebida. Prova disso é a chancela no rótulo de cada cerveja que sai da charmosa e acolhedora fábrica na Avenida 12 entre a Rua 7 e Avenida Visconde do Rio Claro: “Puro Malte”. Seguem a lei da pureza, feita na Alemanha em 1516, que determina a utilização apenas de água, malte e lúpulo”.

Velo vence o Capivariano por 2 a 1 e adia título para a última rodada

Matheus Pezzotti

Velo venceu em casa no último sábado
Velo venceu em casa no último sábado

Precisando apenas de uma vitória para se tornar o campeão da série A-2 na penúltima rodada, o Capivariano foi derrotado pelo Velo Clube por 2 a 1, na manhã do último sábado, no Benitão.

Os três gols aconteceram no primeiro tempo, que teve domínio do Rubro-Verde. No segundo, com um jogador a menos, o time velista segurou a pressão do Leão da Sorocabana e saiu de campo com os três pontos em sua despedida em casa no estadual. Tiago Bernardi abriu o placar para o Velo aos 28 minutos e Valdo ampliou dois minutos depois. Carlão descontou para o Capivariano aos 43 minutos.

O Velo soma 27 pontos e até o fechamento da edição do JC ocupava a sétima colocação, podendo ser ultrapassado por Ferroviária e Monte Azul. Já o Capivariano, que poderia ter saído com o título, se mantém na liderança com 37 pontos, três a mais que o Red Bull, e leva vantagem no número de vitórias (11 contra 9).

O JOGO

O Velo iniciou melhor, roubando bolas no meio de campo e explorando as laterais, enquanto que o Leão da Sorocabana cadenciava a partida, jogava com cautela e acabou dominado pelo Rubro-Verde, que pressionava e chegava com perigo, principalmente pelos lados do campo, um dos pontos fracos do time de Evaristo Piza.

E foi desta maneira que Adriano Garça criou as jogadas para os gols. No primeiro, após jogada do camisa 6, escanteio para o Rubro-Verde. Na cobrança, Paulinho mandou na primeira trave, Valdo desviou e a bola sobrou para Tiago Bernardi apenas tocar para o gol.

Dois minutos depois, novamente em jogada pela esquerda, Garça passou pelo marcador e cruzou à meia altura para Valdo, que apenas escorou para ampliar o placar.

O domínio velista continuou e Garça, em cobrança de falta, acertou o travessão. Porém, mesmo com poucas jogadas ofensivas, Carlão não desperdiçou quando recebeu passe em profundidade e na entrada da área acertou, bateu colocado, tirando do goleiro velista.

No segundo tempo, logo aos três minutos, Marquinhos fez falta em Melinho, recebeu o segundo cartão amarelo e foi expulso.

Com isso, o Leão da Sorocabana fez o que já era esperado, lançou-se ao ataque, ficando apenas com três jogadores na defesa, enquanto que o Velo, com um jogador a menos, recuou, buscando os contra-ataques em velocidade, mas o forte calor fez com que o ritmo do jogo caísse drasticamente.

Em três oportunidades, o Rubro-Verde quase marcou. Primeiro com Valdo, que recebeu, entrou na área livre, mas demorou para chutar e foi desarmado. A segunda com Oliveira, que recebeu passe em diagonal dentro da área na direita e bateu forte rasteiro, mas Wanderson mandou para escanteio. Na cobrança Tiago Bernardi testou firme no alto, exigindo uma excelente defesa do goleiro do Capivariano, que pressionava, porém não criava chances claras de gol.

Nos acréscimos, em busca ao menos do empate, o time alvirrubro foi todo para o ataque, mas o Velo, todo fechado, segurou a vitória até o apito final.

“Erramos em alguns jogos, mas fizemos uma boa campanha. Se fosse outro formato, estávamos classificados para a próxima fase, mas vamos manter assim até a última rodada, buscando mais uma vitória para fazermos a melhor campanha do time na série A-2”, disse o zagueiro e capitão Tiago Bernardi, autor do primeiro gol velista no jogo, na saída do campo.

Para os jogos da última rodada das séries A-2 e A-3 não serem realizados no mesmo dia, a Federação Paulista de Futebol (FPF) adiantou os confrontos da A-2 para o sábado.

Com isso, no dia 12 de abril, o Velo Clube jogará contra o União Barbarense, fora de casa, enquanto que o Capivariano tenta garantir o título contra a Itapirense, em casa. Todos os jogos serão disputados às 10 horas da manhã.

Itaqueri da Serra guarda histórias da região

Vivian Guilherme

São cerca de 30 quilômetros que separam Itirapina do Distrito de Itaqueri da Serra. O pequeno vilarejo de apenas uma rua e poucas casas abriga muitas histórias. Foi ali, em 1770, que teve início a cidade de Itirapina e também neste local que chegaram imigrantes portugueses, italianos e africanos.As casas mantém a mesma arquitetura e as ruas – ainda sem asfalto – dão o tom bucólico ao local que, em séculos passados, abrigou dezenas de moradores. Dires Simões de Oliveira, nascida no distrito, lembra que a escola de Itaqueri chegou a receber mais de 40 alunos, na época em que lecionou ali.Repleta de fazendeiros, nos áureos tempo do café, Itaqueri contava com diversos comércios, como conta Dires. “Ali era a farmácia, hoje não tem mais, atrás ali era a escola, ali era a vendinha”, aponta.

A venda da família italiana Feltrin, oferecia mantimentos para a população que vivia no local. “Aqui vivia muita gente, era época do café, foi depois que teve o êxodo rural e muita gente foi embora. Antes o pagamento era feito pela colheita, quando tinha a colheita iam na venda e pagavam”, revela Dires.

Valdomiro Buckler, um dos proprietários da casa que abrigava a venda Feltrin, mantém o local preservado, com as estantes e até mesmo um velho livro no qual eram anotadas as compras da família. Ele lembra que o prédio tem cerca de 120 anos e que o comércio era o principal do distrito, vendendo açúcar, sal, querosene e até mesmo bacalhau.

Outro destaque do vilarejo é a Capela de Nossa Senhora da Conceição da Serra, fundada em 1852. A capela tem grande parte das características originais, com todos os detalhes conservados e até mesmoa imagem de N. S. da Conceição que é de origem portuguesa e esculpida em madeira.

Itaqueri também é famoso por conta de um de seus filhos ilustres, Ulysses Guimarães. Nascido ali, foi ao pé da figueira que o político fez tantos comícios e reuniu pessoas de diversas cidades da região.

Diramar, irmã de Dires e ambas primas de Ulysses, afirma que a última candidatura de Ulysses foi lançada ali na figueira e lamenta o fato de que um quadro com diversas fotos do político foi roubado recentemente. “Ficava aqui na sala um quadro com várias fotos do Ulysses, mas chegamos aqui e não estava mais”, comenta.

Dires revela ainda que era Itaqueri que decidia as eleições de Itirapina. “Ulysses era muito família, eu acho, ele vinha todo ano fazia o comício dele, almoçava aqui em casa e nunca deixava de falar que ele era daqui. Ele era bacana viu”, relembra a aposentada, que é uma das proprietárias da casa ao pé da famosa figueira, ela e a irmã Diramar costumam frequentar o local à passeio com os familiares

Resultado de pesquisa estava errado, diz Ipea

Da Redação

Apesar de erro, estudo ainda aponta que machismo impera em nossa sociedade
Apesar de erro, estudo ainda aponta que machismo impera em nossa sociedade

O Instituto de Pesquisas Econômicas Aplicadas (Ipea) divulgou um comunicado nessa sexta-feira (4) em que pede “desculpas” e informa que errou na divulgação de dois resultados do estudo “Tolerância social à violência contra as mulheres”. No dia 27 do mês passado, o instituto divulgou que 65% dos brasileiros apoiava ataques contra mulheres que usam roupas curtas.

O resultado da pesquisa gerou uma série de campanhas na internet e até a presidente Dilma Rousseff se posicionou sobre o assunto.

Segundo o Ipea, esse erro foi causado pela troca dos gráficos relativos aos percentuais das respostas às frases “Mulher que é agredida e continua com o parceiro gosta de apanhar” e “Mulheres que usam roupas que mostram o corpo merecem ser atacadas”.

Por isso, diferentemente do divulgado, 26% – e não 65% – dos entrevistados concordavam, totalmente ou parcialmente, com a afirmação “mulheres que usam roupas que mostram o corpo merecem ser atacadas”. A maior parte, 70%, discordou total ou parcialmente desta afirmação. 3,4% se disseram neutros.

INVERSÃO

De acordo com o instituto, o outro par de questões cujos resultados foram invertidos refere-se a frases de sentido mais próximo, com percentuais de concordância mais semelhantes e que não geraram tanta surpresa.

O estudo teve como objetivo medir a tolerância social à violência contra as mulheres, fazendo um levantamento de opiniões e percepções da sociedade brasileira sobre questões como o sexismo e a violência contra as mulheres. A pesquisa pediu opiniões sobre a pertinência ou não de intervenção estatal em brigas de marido e mulher, e sobre se comportamentos femininos supostamente influenciam casos de agressão e estupro.

Em sua nota, o Ipea informa que, apesar dos erros nas duas questões, os demais resultados se mantêm, como a concordância de 58,5% dos entrevistados com a ideia de que “se as mulheres soubessem como se comportar, haveria menos estupros”.

Escritora lança livro infantil sobre bullying

Vivian Guilherme

livros
Elisandra já foi responsável pela organização do evento “Faça Amizades, Bullying Não” e também criadora de um grupo no Facebook com o mesmo nome

A escritora Elisandra Pauleli prepara o lançamento de seu primeiro livro, “Betinho, O Porquinho Cenógrafo”. Destinado ao público infantil, o livro tem por objetivo o ensino de combate ao bullying através de práticas altruístas e responsáveis.

Elisandra conta que enviou a proposta do livro para várias editoras para que fosse feita uma análise editorial e comercial, e ele foi aprovado por duas editoras. “Acabei fechando contrato com a editora portuguesa Chiado”, revela a autora.

Engajada no assunto, Elisandra já foi responsável pela organização do evento “Faça Amizades, Bullying Não” e também criadora de um grupo no Facebook com o mesmo nome.

Foi nesse grupo que Elisandra conheceu virtualmente a ilustradora Claudia Stoy. “Não nos conhecemos pessoalmente, nosso primeiro encontro pessoal será no dia do lançamento do livro, e mesmo assim ela que se prontificou a ilustrar o meu livro, foi uma parceria que me gerou muitas alegrias, pois sem seu apoio não conseguiria publicá-lo”, destaca.

O livro é indicado para crianças de quatro a oito anos de idade. E o enredo conta a história de um porquinho.

Segundo o enredo, Betinho era um porquinho feliz, que gostava muito de música e artes. Porém, na escola, encontrava dificuldade para fazer amigos, pois o julgavam diferente, só porque apreciava se vestir com roupas coloridas.

Tudo mudou quando a direção da escola ficou sabendo o que estava acontecendo, através dos próprios alunos, que recusaram a ajuda de Betinho na produção do cenário de uma peça teatral que encenariam.

Com a aprovação de professores e da diretoria, Betinho pôde mostrar seu talento criando um cenário original que despertou em todos a vontade de participar, e provou que a maneira de se vestir não fazia dele um mau colega de classe.

Elisandra comenta que se trata de uma história simples, que aborda temas atuais de extrema importância: bullying e preconceito.

O lançamento do livro estava marcado para o início do abril, mas teve sua data alterada, devido a atrasos no departamento de comunicação da editora.

Informar local de radar não é obrigatório

Ednéia Silva

RadarMovelFev2014
A obrigatoriedade de placa indicativa da existência da fiscalização eletrônica foi abolida em 2011 pelo Contran (Conselho Nacional de Trânsito)

Sempre que um motorista é multado ou se depara com um radar móvel, surgem questionamentos sobre a obrigatoriedade ou não de se informar sobre o local onde estão localizados esses equipamentos. Por lei, informar a localização não é obrigatório, e sim apenas o limite de velocidade permitido na via.

A explicação foi feita por José Maria Chiossi, secretário municipal de Mobilidade Urbana e Sistema Viário, ao responder questionamento feito pelo ouvinte Tiago Mendes no programa Jornal da Manhã da Rádio Excelsior Jovem Pan de quinta-feira (3).

A obrigatoriedade de placa indicativa da existência da fiscalização eletrônica foi abolida em 2011 pelo Contran (Conselho Nacional de Trânsito) através da Resolução nº 396/11, que entrou em vigor no dia 22 de dezembro daquele ano. Os órgãos de trânsito não precisam mais avisar onde estão localizados radares fixos ou móveis. Porém, os equipamentos precisam estar visíveis aos motoristas, ou seja, não podem estar escondidos.

Para Chiossi, o condutor deve respeitar a sinalização e a legislação de trânsito independente de estar sendo ou não fiscalizado.

O ouvinte também questionou o secretário sobre a divulgação do valor arrecadado com as multas e onde os recursos serão investidos. O secretário respondeu que a decisão de divulgar ou não os valores cabe à Secretaria de Economia e Finanças, responsável pela gestão dos recursos.

Quanto ao investimento, segundo Chiossi, o dinheiro é destinado exclusivamente a melhorias do sistema viário, não podendo ser utilizado para outras finalidades. Tanto que os depósitos são feitos em uma conta especial, e não na conta da prefeitura.

O controle dos gastos é feito pelo Tribunal de Contas do Estado de São Paulo (TCE-SP), para quem a Secretaria de Finanças tem que apresentar demonstrativo dos gastos e aplicação dos recursos. Porém, Chiossi observa que, até o momento, nada foi arrecadado.

O áudio com a entrevista do secretário pode ser conferido no site do JC através do link http://www.jornalcidade.net/podcast/josemariachiossi03042014.mp3.

Categorias

Existem quatro tipos de radares. Os fixos são instalados de maneira permanente. O estático, conhecido como “móvel”, é aquele equipamento que funciona montado em um veículo parado ou sobre um tripé. O móvel é o aparelho fica no veículo do órgão fiscalizador. O portátil é o aparelho que o agente de trânsito direciona para o veículo e registra a velocidade em que ele se encontra.

Construtora fala de furtos e de continuidade em obra

Antonio Archangelo

CasasBomRetiro04042014
Projetos habitacionais em Rio Claro sofrem com vandalismo e furtos

O “sumiço” de placas de energia solar, portas arrombadas, janelas, pias danificadas em residências populares que ainda não foram entregues será arcado pela construtura que “toca” pelo menos quatro projetos habitacionais em Rio Claro.

De acordo com engenheiro da construtora, o caso mais crítico é no Jardim Boa Vista, onde algumas casas foram furtadas e até danificadas. Nesse loteamento, são 182 residências e serão concluídas após a transposição de uma rede de esgoto por uma área de Preservação Permanente, a licença está sendo analisada por órgão ambiental em Piracicaba.

No loteamento Sebastião Santos Lima, no Jardim Maria Cristina, 160 devem ser entregues até o dia 15 de maio. Cabe lembrar que 17 unidades já foram entregues. A tendência é que, após a entrega desse lote, após 40 dias, o restante seja “inaugurado” também.

No Bom Retiro I, são 186 residências, as obras estão aguardando a liberação de recursos referentes à contrapartida da prefeitura.

No Bom Retiro II, 216 unidades, a construtora aguarda a ligação de água, após mudança no projeto inicial que previa que a região seria abastecida por reservatório que está sendo construído na Avenida Castelo Branco. “Nós arcaremos com prejuízos dos furtos e danos nas casas dos loteamentos. Temos feito Boletins de Ocorrência, e possuímos vigilância armada no canteiro de obras no período noturno”, citou o engenheiro.

“São cinco mil pessoas que serão contempladas com estas casas”, comentou à reportagem do Jornal Cidade, na manhã de sexta-feira, 4, no canteiro de obras no Bom Retiro I e II.

HISTÓRICO

Em janeiro, reportagem do Jornal Cidade apontava a demora na entrega das casas que preocupava um grupo de moradores que aguardavam pela entrega de casas no residencial Sebastião dos Santos Lima, na Zona Sul de Rio Claro.

Sorteados e informados de que as casas seriam entregues no dia 20 de dezembro de 2013, os munícipes questionaram as informações repassadas pela assessoria de imprensa da prefeitura, que apontavam as chuvas como principal motivo para o atraso na entrega das casas.

Na oportunidade, a Secretaria Municipal da Habitação disse que entregou 592 unidades habitacionais e que caminha para acabar com o déficit habitacional para a camada da população com renda de zero a R$ 1.600,00. E a assinatura de convênio pela administração municipal, para o investimento recorde de R$ 200 milhões direcionados à construção de 2.096 apartamentos, beneficia igualmente essa fatia da população rio-clarense.

“Os mutuários dos programas habitacionais da prefeitura recebem todas as orientações e apoio da Secretaria Municipal da Habitação e, mesmo após a entrega de residências, profissionais do setor de habitação, como assistentes sociais, se mantêm à disposição dos moradores, prestando novos auxílios e orientações, quando necessários.”

Ato simbólico retoma morte por racismo em Rio Claro

Carine Corrêa

O idoso que trabalhava como guardador de carros foi espancado durante a madrugada
O idoso que trabalhava como guardador de carros foi espancado durante a madrugada

A população está convidada a comparecer ao ato simbólico que marca um ano da morte do idoso Benedito Santana de Oliveira, de 71 anos, causada pela agressão de dois jovens suspeitos de integrar grupo neonazista. A manifestação será realizada amanhã (6), às 9h30, na Rua 2 com Avenida 3, local onde ‘Seu Benedito’ sofreu a brutalidade.

A assessora de Integração Racial, Kizie de Paula Aguiar, explica que o objetivo do ato é lembrar a morte do idoso e mobilizar a população quanto ao combate ao racismo e outras formas de violência.

“É preciso resgatar o que aconteceu para que não ocorra mais esse tipo de brutalidade”, ressalta Kizie.

O filho de Santana, Sílvio Oliveira, reforça que a manifestação visa conscientizar as pessoas quanto à intolerância.

“Até mesmo os casos que ganham repercussão costumam cair no esquecimento da população com o passar do tempo. Esse tipo de manifestação é uma maneira de deixar a chama acesa contra o preconceito”, disse.

O ato está sendo mobilizado pelo Conselho Municipal da Comunidade Negra (Conerc), Secretaria Municipal de Cultura, Assessoria de Integração Social e familiares de Benedito Santana Oliveira.

O advogado da família, Luiz Angelo Cerri Neto, informou que, no último dia 1º, a defesa do segundo réu se manifestou. A defesa do outro acusado ocorreu no dia 17/03. O processo será encaminhado ao juiz, que ainda decide se o caso vai a júri.

“Se há indícios de materialidade e autoria, o juiz leva a decisão ao júri. O processo envolvendo a morte de Benedito Oliveira tem testemunhas, fora que os acusados foram presos em flagrante”, disse o advogado.

Se condenados, os dois jovens responderão por homicídio qualificado, com pena prevista de 12 a 13 anos. Um deles responde a um inquérito no Paraná por crime de racismo e tentativa de homicídio.

Relembre

O aposentado foi agredido na madrugada do dia 6 de abril do ano passado por três rapazes. Após internações, Benedito Oliveira morreu no dia 1º de julho

Na época da covarde agressão, três rapazes foram apontados como autores do crime, mas, no final das investigações, apenas dois deles foram indiciados.

Bandidos assaltam ônibus e prejudicam passageiros

Da Redação

Onibus Novo
Os ônibus contêm sistema de monitoramento, mas nem as câmeras conseguem inibir os bandidos

Usuários de ônibus do transporte coletivo de alguns bairros do município reclamam da falta de segurança que atrapalha a regularidade do serviço. Segundo eles, quando acontecem assaltos nos veículos, a circulação é interrompida sem aviso prévio, deixando muitas pessoas sem transporte.

Foi o que aconteceu com Deise Correa Bueno, moradora do bairro Santa Elisa. Na semana retrasada, ela ficou no ponto esperando pelo ônibus, que não passou porque tinha sido assaltado. Segundo ela, foram três ocorrências na mesma semana. Por conta disso, ela desistiu de esperar e desde a semana passada tem ido a pé para casa após sair do trabalho. Para ela, a falta de segurança não pode penalizar os passageiros.

Esse tipo de ocorrência tem sido registrado em vários bairros. No ano passado assaltos em ônibus aconteceram nos bairros Santa Maria, Boa Vista, Jardim Novo, Jardim Mirassol, Vila Olinda, Jardim São Paulo, Jardim Nova Rio Claro, Jardim Paulista II, entre outros.

“Em certas linhas a gente têm medo de andar à noite”, disse uma usuária que não quis se identificar. A aposentada Maria José dos Santos utiliza a linha Boa Vista e já ouviu relatos de vítimas de assaltos. “As pessoas têm medo. É preciso mais segurança”, comenta.

Os ônibus contêm sistema de monitoramento, mas nem as câmeras conseguem inibir os bandidos. O gerente operacional da Rápido São Paulo, João Batista de Araújo, diz que nos últimos dias pelo menos cinco assaltos foram registrados na linha Santa Elisa. Em um deles, o motorista foi ameaçado com faca. Segundo ele, as câmeras gravaram a ação dos bandidos e os vídeos foram encaminhados à polícia.

Araújo explica que a empresa tem feito a sua parte, acionando a polícia e pedindo apoio para garantir a segurança de usuários e funcionários. Segundo ele, após as ocorrências, a empresa procura manter os ônibus funcionando, mesmo que haja atrasos.