Gerente da ACIRC (Associação Comercial e Industrial de Rio Claro) há quase 13 anos, Clóvis Delboni recebeu JC no escritório essa semana para falar sobre carreira e longevidade
Nascido na área comercial, Clóvis Delboni, de 60 anos, deu aulas em faculdades, coordenou o curso de pós-graduação do Senac São Paulo, tem um mestrado e está finalizando um doutorado. Já viajou para vários países como Estados Unidos e Espanha em busca de novos conhecimentos. Para ele, os 50 + ainda tem muita lenha para queimar e mais tempo para viver. “Com essa experiência que já vivi, quero enxergar o que há por vir com mais qualidade, trabalhando melhor, estudando e contribuindo com a vida das pessoas”.
JC – Você acha que depois dos 50 anos, aprende-se a viver melhor?
Clóvis – Acredito que vivemos melhor em função das nossas experiências ao longo do tempo. Dizem que o tempo é o senhor da razão, logo uma pessoa com mais de 50 anos, tem sempre a razão a seu favor. Ele vive melhor com o que ele já aprendeu lá atrás. A melhor idade é qualquer idade. Se você tem 30 anos e está no auge da saúde, do profissionalismo, essa é a melhor idade. Se você tiver 60, como eu agora, estou equilibrado emocionalmente, tenho saúde mental, acho que eu estou na melhor idade.
JC – Dizem que não há vida boa nessa idade sem três coisas: saúde física, saúde mental e independência financeira. Concorda?
Clóvis- Concordo, porém, poucas pessoas irão se beneficiar delas. A vida vivida nesses 50 anos é que vai dizer se você terá as três coisas ou não. Se você tiver saúde mental e saúde física, e não tiver todo o dinheiro que gostaria de ter, também terá uma vida boa. Agora, é diferente se você tiver muito dinheiro e não tiver saúde física e mental. As três coisas seriam a cereja do bolo, mas… Também entendo que, a partir dessa experiência da pandemia que estamos vivenciando, nós passamos a dar mais valor para a saúde.