O veículo é do ano de 1928, o comerciante Antônio Fernandes comprou para usar na sua loja de materiais de construção.

Um comerciante de 72 anos, anda fazendo sucesso no bairro Vila Cristina com uma caminhonete da década de 1920, trata-se da ‘Ximbica’ apelido dado pelo dono Antônio Souza Fernandes. O ‘calhambeque’ da marca Chevrolet, conhecido popularmente como cabeça de cavalo, é do ano de 1928 e foi reformado há cinco anos para ser usado pela loja de materiais para construção dele, a Matteco.

“Nós estávamos em Itirapina numa reunião de família, quando soube que esse veículo estava à venda, me interessei e logo em seguida compramos” comenta Antônio, proprietário da relíquia.

A Chevrolet é de 1928, quase uma centenária
Tem motor de Opala
Cabine e carroceria feitas de madeira cabriúva, ‘porta malas’ abaixo da carroceria que vara de um lado ao outro do veículo, com tampa nos dois lados, onde ele guarda sua caixa de ferramentas, pneus aro 20, para-lama original e para-choque de outro modelo

Antônio explica que sempre gostou de coisas antigas e tinha curiosidade de saber como funcionava um veículo antigo desse, “é totalmente diferente dos carros atuais”, comenta. Usa às vezes para assuntos pessoais e mais frequentemente para fazer entregas dos materiais mais pesados da loja tipo argamassa e batente, “coisas que ultrapassem 200 quilos vai na Ximbica”, conta o comerciante.

A Ximbica foi comprada em 1999, tem motor de Opala, pneus aro 20, sendo o dianteiro de trator comprado em Araras e o traseiro tem modelo original e já está em uso há 40 anos, paralama original, para-choque de outro modelo, pois segundo ele não existe mais do original para comprar, cabine e carroceria feitas de madeira cabriúva, e possui também um ‘porta malas’ que vara de um lado ao outro da carroceria onde ele guarda sua caixa de ferramentas. O veículo é movido a gasolina e anda a 30 km/h na cidade, na estrada chega a 70 km/h.

“Quando eu comprei, ela tinha cabine e carroceria muito antigas e danificadas, com bastante cupim, então eu contratei o serviço de um fabricante de carroceria em Rio Claro que fez a cabine imitando o modelo original”, o comerciante explica que também mandou fazer a carroceria no mesmo fabricante. Também mandou aumentar a espessura da madeira na cabine, ela tem o dobro do original.

Antônio indica entusiasmado cada parte do interior da cabine que cabem duas pessoas: o freio de mão, alavanca do câmbio, odômetro, amperímetro, um mostrador de gasolina que tem haste com uma rolha na ponta e um modo diferente de funcionamento, lâmpada para iluminar o mostrador de velocidade e a buzina a baixo do volante que só funciona quando o carro está ligado “a buzina original era uga-uga, mas não consegui mudar a amperagem dela, então tive que adaptar uma moderna só para ter uma buzina, mas o original era diferente” e muito

Detalhes da cabine em madeira e no vidro adesivos de encontros de carros antigos que Antônio já participou
Cabine tem modelo original, não tem vidro nas laterais e a maçaneta é modelo antigo
Antônio exibe uma foto antiga da Ximbica
Sônia (esposa) e Antônio saindo para dar uma volta na caminhonete do ano de 1928
Antônio guarda um livro sobre a história da GM e mostra a origem da sua ‘Ximbica’

O comerciante garante que quando sai com o carro na rua, quem vê ele passando fica admirando o veículo, “a gente quando para em semáforo, normalmente o carro que está ao lado se interessa e pergunta a idade do veículo”. Também exibe com orgulho um livro sobre a história da Chevrolet no Brasil que guarda com muito carinho “General Motors do Brasil – 70 anos de história”.

Antônio participa de eventos para carros antigos inclusive nas cidades da região, conta que uma vez voltando de Itirapina, há 12 anos, o caminhoneiro de uma Scania passou lentamente ao lado dele admirado e como que dizendo “o que você está fazendo na pista com esse veículo?” conta Antônio rindo.

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