Sidney Navas
Originalmente o espaço abrigou um posto de gasolina parecido com aqueles visto em antigos filmes americanos. Tempo depois surgiram o bar e Restaurante A Toca e a badalada Stonage
Há mais de 40 anos, os jovens da época se encontravam no Bar e Restaurante aToca onde passavam horas ‘jogando conversa fora’ e se divertindo com os amigos. Antes disso, porém, o prédio original abrigava um posto de gasolina bem parecido com aqueles vistos nos antigos filmes americanos, com duas colunas na frente, onde ficavam as bombas. José Roberto Santana, jornalista, pedagogo, pesquisador e escritor da temática da história da cidade, lembra que tempo depois o local foi transformado no conhecido bar e restaurante a Toca. A inauguração foi marcada por grande festa, segundo registros conhecidos sendo convidados artistas famosos da Rádio Nacional do Rio de Janeiro. Aqui em Rio Claro cabe lembrar, que tinha gente de grande destaque no circuito de rádio, como Dalva de Oliveira e a locutora Lúcia Helena.
“Nos anos 1950 e 1960, a Toca era o ponto de encontro de jovens e de relacionamentos sociais e para demais visitantes. Na região central estavam os cinemas e os clubes Filarmônica e Ginástico e na Rua Um o popular Panqueca”, observa o estudioso. Ainda segundo ele o Jardim Público em frente à Toca era ponto de convergência quando os jovens ali se concentravam e ficavam circulando pelas imediações.
No passado o carnaval de rua acontecia nas vias centrais da cidade, saindo da Praça da Liberdade indo até o Jardim Público, passando em frente à Toca. “As pessoas se aglomeravam em frente à Toca para ver os desfiles”, destaca Santana.
Foi nos anos que a boate Stonage abriu suas portas, funcionando no andar superior do prédio do saudoso bar e restaurante. Não tinha nada parecido no município e a casa noturna era ponto de referência pra todos aqueles que gostavam de uma boa música em um ambiente divertido. No começo da década de 80, mais precisamente em 1983 o Bradesco adquiriu o imóvel onde foi a Toca e o demoliu para ali abrir um amplo estacionamento. “A decisão foi um impacto cultural para a cidade. A fase marcou o esvaziamento da região central com a substituição de bares e lojas por agências bancárias e estacionamentos. A partir dali, bares e restaurantes passaram a se instalar em diversos pontos das cidades e bairros”, finaliza o jornalista.