Folhapress

A FDA (agência reguladora de medicamentos e alimentos dos Estados Unidos) autorizou nesta sexta (17) o uso de duas vacinas contra a Covid-19 em crianças que tenham de seis meses a cinco anos.

A decisão ainda precisa ser confirmada pelo CDC (Centros de Controle e Prevenção de Doenças), que ainda está avaliando os resultados dos ensaios clínicos. A expectativa é que o aval saia até este sábado (18).

No Brasil, a vacinação para esse grupo ainda não está aprovada, e os hospitais infantis já registram aumento dos atendimentos nos prontos-socorros e de internação por Covid.

De acordo com a FDA, bebês a partir de seis meses podem receber doses das vacinas Moderna e Pfizer contra a Covid. Caso seja aprovada pelo CDC, a imunização começa na próxima semana, segundo a agência de notícias AFP.

De acordo com as recomendações da FDA, para a vacina da Moderna será adotado um esquema de duas doses com intervalo de um mês. Crianças e adolescentes com imunossupressão podem tomar a terceira dose um mês após a segunda.

Já a vacina da Pfizer será administrada em um ciclo de três injeções: duas com intervalo de três semanas e a terceira dois meses após a segunda.

A cobertura vacinal de crianças contra a Covid tem sido um desafio nos EUA. A vacina da Pfizer/BioNTech foi autorizada para crianças de cinco a 11 anos em outubro, mas apenas 29% desse grupo está totalmente vacinado até agora, segundo dados federais. O Brasil enfrenta desafio semelhante.

Nesta sexta, o comissário da FDA, Robert M. Califf, comemorou a aprovação das vacinas para novos grupos, indicando que elas são seguras e vão beneficiar muitas crianças.

“Muitos pais, cuidadores e médicos estão esperando por uma vacina para crianças mais novas, e esta ação ajudará a proteger crianças a partir de seis meses de idade. Como vimos com grupos etários mais velhos, esperamos que as vacinas para crianças mais novas forneçam proteção contra os desfechos mais graves da Covid-19, como hospitalização e morte.”

Segundo o chefe da agência, os responsáveis pelas crianças “podem ter confiança na segurança e eficácia dessas vacinas contra Covid-19 e podem ter certeza de que a agência foi minuciosa em sua avaliação dos dados”.

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