A morte de um casal na Rodovia Wilson Finardi, sentido Araras-Rio Claro em setembro do ano passado, enquanto pegavam água em uma bica na região, causou comoção na cidade e em toda região.
O assunto ganhou grande repercussão e o Colégio Puríssimo, através do professor Filippi Ongarelli e alguns alunos, resolveram observar com outros olhos a situação.
“Ministro o itinerário de sustentabilidade dentro no novo ensino médio e alguns alunos tinham interesse em desenvolver um projeto voltado ao meio ambiente, em conversa, avaliamos a situação, conversamos sobre o caso e repensamos”, explicou o docente.
O professor explica que foi feito contato com o Daae, Departamento Autônomo de Água e Esgoto de Rio Claro, que acatou a solicitação e uma coleta técnica foi feita no local.
“Pensamos no perigo que a situação pode causar, tanto na questão física, na pista, quanto no consumo da água. O laudo foi feito pelo Daae, que fez a coleta sem a presença dos alunos, claro, mas eu os acompanhei. Fomos recebidos na ETA 2, onde tudo foi explicado”, afirmou.
O professor é claro ao dizer que a água não é própria para o consumo.
“O pH é muito baixo, está fora do ideal para o consumo, e também o cloro existente não é suficiente, assim como o fluoreto, ferro e manganês, que nem têm. Foram localizadas bactérias e também coliformes”, finalizou.
Orientação
A solicitação por parte da ação dos alunos é uma orientação tanto do risco da via, quanto do consumo impróprio da água do local.
Segundo relatório, pH da água é baixo
O Departamento Autônomo de Água e Esgoto de Rio Claro realizou o trabalho de coleta e orientou os alunos durante uma visita feita à ETA 2, no município.
Segundo informações do professor responsável, o pH ideal para consumo e de 6 a 9,5 e o da água encontrada na bica era de 5. A quantidade de cloro também é pouca, o ideal seria de 0,2 a 5 e a encontrada foi de 0,02, sendo 10 vezes mais baixa que a quantidade necessária.