Empresa júnior ligada ao Instituto de Geociências e Ciências Exatas do campus de Rio Claro da Universidade Estadual Paulista (Unesp), a Associação Júnior de Engenharia Ambiental de Rio Claro (EJEAmb Jr) está apoiando um grupo de costureiras da região na confecção de máscaras reutilizáveis de tecido como forma de desenvolver um projeto socioambiental e contribuir no combate ao novo coronavírus.

A EJEAmb Jr se engajou nesta iniciativa há cerca de dois meses, como resposta à escassez de máscaras reutilizáveis de tecido nos comércios locais em razão da alta demanda do produto em meio à pandemia de COVID-19. Em 60 dias, o projeto já contabiliza 647 máscaras vendidas e cerca de R$ 3,6 mil de faturamento. Cada unidade sai por R$ 8, sendo possível conceder descontos para compras em grande quantidade do produto.

“Não temos lucro algum. Só recolhemos o dinheiro dos impostos. Todos os recursos são destinados para as costureiras autônomas”, destaca Luana Selli, estudante de Engenharia Ambiental da Unesp em Rio Claro e diretora de Mercado da EJEAmb Jr, ao Portal da Unesp.

Apoio

O uso de máscaras é de vital importância para proteção das pessoas que transitam em estabelecimentos comerciais e vias públicas, pois reduz o risco de transmissão do vírus. O projeto, além de ser uma tentativa de suprir a necessidade de máscaras para a população, tem como objetivo movimentar a economia local, apoiando o trabalho cooperativo das costureiras. A empresa júnior trabalha na divulgação e na venda das máscaras.

“Pensamos em uma solução que ajudaria tanto nossa empresa quanto as pessoas afetadas pela crise. Assim, o projeto de máscaras reutilizáveis surgiu como uma ação socioambiental que pretende gerar uma fonte de renda alternativa para trabalhadores autônomos que tiveram as suas atividades paralisadas devido à quarentena”, afirma a estudante da Unesp.

No início do projeto, a empresa júnior ajudou as costureiras repassando as especificações de máscaras reutilizáveis de tecido recomendadas pelo Ministério da Saúde, tais como as medidas indicadas e o uso de tecido duplo para a confecção do produto.

Sobre a tarefa de trabalhar na conscientização das pessoas, Luana Selli enfatiza que se trata de uma ação socioambiental, mais do que uma iniciativa de saúde pública. “Buscamos diminuir o descarte incorreto de resíduos, que aumentou com o uso de máscaras descartáveis por pessoas de fora da área da saúde, e conscientizar a população a respeito do uso e da higienização corretos das máscaras”, afirma a universitária.

Esse projeto faz parte de um conjunto de iniciativas que o Movimento Empresa Júnior tem apoiado como resposta à crise sanitária produzida pela pandemia.

A sua assinatura é fundamental para continuarmos a oferecer informação de qualidade e credibilidade. Apoie o jornalismo do Jornal Cidade. Clique aqui.

Mais em Dia a Dia:

Padre Jocelir será cremado e cinzas ficarão no Santuário

Chuvas marcam o dia em Rio Claro; temperaturas em ligeiro declínio

Falecimentos: confira a necrologia de 22/11/2024