Com o distanciamento físico de professores e alunos no começo do ano letivo de 2020 devido a pandemia, o professor de língua portuguesa Antonio Archangelo, usou a sua criatividade nos trabalhos que desenvolveria com os alunos da Escola Estadual Januário Sylvio Pezzotti. Utilizando multimeios, ele desenvolveu o letramento com os alunos do ensino fundamental.
Utilizando a música, teatro e artes visuais, produções de textos, jornal online e produção de podcasts, o professor Antonio em parceria com os alunos desenvolveram em pouco mais de três meses o Jornal de Camões, que relata o universo escolar. “O jornal foi o módulo que desenvolvi mais com eles, realizando reuniões de pauta toda segunda-feira de maneira remota. Quando definiram as pautas, passei um cronograma de trabalho com deadlines estabelecidos”, relata Archangelo.
“Dentro disso, sabendo que a aprendizagem deve ser significativa, ou seja, ter um valor real na vida do aluno e ter um significado na sua vivência quanto indivíduo que vive e ter experiências diversas, criei três módulos, antes da pandemia: Jornal do Camões, grupo de Teatro I-juca Pirama e a gravadora Uivantes Records, que são laboratórios onde desenvolvo este conceito teórico” afirma.
Para estimular ainda mais os alunos, Archangelo conseguiu entrevistas que resgataram a esperança dos alunos e da comunidade escolar que puderam ver que, independentemente das dificuldades, você pode ir atrás de seus sonhos. Dentre as os bate-papos estava o vocalista da banda CPM22, Badauí, dois cineastas e o ex-secretário executivo do MEC e atual secretário executivo do SEDUC, Haroldo Corrêa Rocha.
O trabalho desenvolvido com os alunos contou com o apoio da diretora da escola, Patrícia Aparecida Biotto, que destacou a importância e a excelência do trabalho realizado. “O projeto veio dar uma oportunidade de se manter o contato social e educacional entre os alunos e personalidades singulares e influentes da sociedade brasileira, de uma maneira inteligente e descontraído.
“O projeto foi adquirindo uma proporção muito superior as expectativas iniciais, e, esperamos que o projeto não se perca ou seja colocado de lado, por todos com ele envolvidos. E que dessa maneira possamos em 2021 editar o n.2 da revista, já que é um trabalho desenvolvido junto aos alunos anualmente”, conclui a diretora Patrícia.
Entre os alunos que participaram do projeto estão Pedro Leonardo de Oliveira e Kauhan Sabino Lopes, ambos de 14 anos e da 9ºC. “Esse projeto se tornou uma experiência bastante eficaz e atrativa, pois sou um adolescente tímido, confesso que ao receber o convite tive receio de encarar o projeto, com o apoio da minha família e a insistência do meu professor, encarei o desafio. Hoje posso dizer que adquiri alto confiança e enriquecendo a participação aluno-escola, contribuindo para o despertar da leitura, promovendo leitores comprometidos a criar novas perspectivas, onde as publicações são pesquisadas e discutidas por toda equipe através de temas que julgamos importantes e interessantes”, explica Pedro.
Já Kauhan foi um dos primeiros a participar do jornal. “Participei porque eu gosto de projetos e novos desafios. Lembro-me da primeira matéria que fiz, de primeiro não éramos muito bons com textos jornalísticos, mas depois fomos melhorando cada vez mais.”, diz.
“As pessoas dizem que esse ano foi um ano perdido, mas não foi; eu diria que para mim foi dois anos em um só, aprendi bastante. O jornal me ajudou bastante; por meio dele eu pude fazer coisas que eu gosto: escrever, interpretar, criar, narrar podcast e muito mais!”, finaliza Kauhan.
Para ter acesso a todos os conteúdos produzidos pelos alunos e pelo professor Antônio: Jornal do Camões: https://jornaldocamoes.wordpress.com/about/ e