Centenas de estudantes de vários cursos deram início à greve geral na noite de quinta-feira (9)

Lucas Calore

Centenas de estudantes de vários cursos deram início à greve geral na noite de quinta-feira (9)
Centenas de estudantes de vários cursos deram início à greve geral na noite de quinta-feira (9)

Após horas de assembleia geral realizada na quinta-feira (9), por volta das 23 horas do mesmo dia dezenas de alunos da Universidade Estadual Paulista “Júlio de Mesquita Filho” deliberaram por greve e ocupação imediata, no câmpus no bairro Bela Vista.

A reunião foi feita através das comissões de cada curso da Unesp, que resultou na paralisação das aulas de mais de 400 alunos. Em torno de 90 alunos participam da ocupação nos institutos de biociências e geociências, no qual também chegaram a trancar a entrada nos blocos.

As aulas estão paralisadas na graduação e na pós e sem prazo para término. Professores não estão em greve e devem realizar uma assembleia própria no dia 15 de junho.

Reivindicações

A ação dos estudantes tem como objetivo buscar melhorias para o ensino na universidade. Lucas Pedroso, um dos alunos que faz parte do movimento, diz que o corte recente de diversas verbas é prejudicial para a vida acadêmica. “A partir do momento em que a Unesp deixa de investir, leva ao fim o tripé de pesquisa, ensino e extensão”, garante.

Entre os pilares de reivindicações dos grevistas estão a permanência estudantil, referente à moradia dos estudantes, que segundo os mesmos está com superlotação; contratação de professores efetivos, pois haveria uma defasagem grande; contratação de funcionários efetivos; melhorias no serviço do restaurante universitário, no qual o valor cobrado pela alimentação estaria acima da média de outras unidades da universidade; reverter cortes de verbas de extensão e corte de verbas na saída de campo em disciplinas.

Unesp se pronuncia

Em nota à reportagem, a assessoria de imprensa da Universidade Estadual Paulista “Júlio de Mesquita Filho” informou que a Unesp está aberta ao diálogo com os estudantes grevistas desde que os movimentos reivindicatórios não se utilizem de ações “intimidatórias aos professores, servidores técnico-administrativos e alunos da instituição”.

Sobre as reivindicações dos estudantes, a Unesp diz que há mais de duas décadas desenvolve ações voltadas para a assistência ao estudante e que recebe as pautas de reivindicação sempre que apresentadas e as conduz em suas instâncias administrativas nas unidades e na Reitoria.

Vale lembrar que professores e servidores da Unesp em diversas outras cidades do estado também estão em greve e reivindicam reajustes salariais. Alunos de outras unidades também fazem greve.

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