Comerciantes procuraram diversos vereadores de Rio Claro pedindo para que, ao menos, anexassem uma emenda ao projeto

Favari Filho

Comerciantes procuraram diversos vereadores de Rio Claro pedindo para que, ao menos, anexassem uma emenda ao projeto
Comerciantes procuraram diversos vereadores de Rio Claro pedindo para que, ao menos, anexassem uma emenda ao projeto

O imbróglio acerca do Projeto de Lei 106/2011, que regulamenta o exercício de comércio ambulante nas vias e logradouros públicos da Cidade Azul, continua com um sem-fim de anseios e opiniões. O caso tem três lados: o da Sepladema – pasta sob os auspícios do PT – que junto da administração peemedebista de Du Altimari querem aprovar o projeto sem incluir de alguma forma os “ambulantes” do Centro; o dos vereadores, que apresentam seguidos pedidos de vistas na hora da votação em uma espécie de mea culpa com os excluídos; e, por fim, o dos comerciantes – alguns que há mais de duas décadas atendem o cidadão rio-clarense – que ocupam espaço no Jardim Público.

É o caso de Mércia Aparecida Bonatti. Há vinte e cinco anos no local, a comerciante revela que a promessa de os ambulantes permanecerem no Jardim Público partiu de Du Altimari e Olga Salomão ainda na campanha eleitoral de 2008. De acordo com Mércia, o prefeito e a vice prometeram que regularizariam a situação dos vendedores, porém, segundo a entrevistada, não foi o que aconteceu e, até hoje, o caso segue sem solução para os “ambulantes” do Centro, que permanecem com receio do futuro incerto.

A comerciante revelou que, junto com os colegas de trabalho com os quais divide o espaço na área central, procurou diversos vereadores pedindo para que, ao menos, anexassem uma emenda ao projeto para que a categoria fosse incluída na lei, contudo nenhum dos representantes legislativos quis ser o emissário daquela classe trabalhadora. “Merecemos um pouco de respeito e o que queremos é apenas uma lei que atenda a nossa categoria. Estamos muito chateados com a atual administração”, desabafou.

Ainda de acordo com Mércia, o prefeito Du Altimari assumiu compromisso verbal para a permanência dos trabalhadores no local até o final de 2016, quando termina o seu mandato, porém não há garantias de prorrogação do acordo depois que a cidade eleger outro prefeito, que pode – e terá de – seguir o que está na lei, ou seja, a exclusão do comércio ambulante entre as Praças XV de Novembro e Tenente Otoniel Marques Teixeira.

O Jornal Cidade tentou contato com Du Altimari através da assessoria de imprensa para saber a sua posição sobre os constantes pedidos de vistas da Câmara, também para opinar sobre o texto do projeto e expor se ainda há a possibilidade de haver uma emenda contemplando os “ambulantes” do Centro. Em nota informou: “O gabinete do prefeito ressalta que o projeto foi preparado pelo Poder Executivo e enviado aos vereadores, aos quais, neste momento, cabe, conforme prerrogativas inerentes ao Poder Legislativo, fazer a análise do texto e emendas que julgarem necessárias”.

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