O seu nome significa quem busca proporcionar alegria às pessoas que a rodeiam. Há quatro dias, esse tem sido o sentimento junto à família Furlan com a chegada de um ser mais do que especial, de olhar dócil, que emana doçura e, como dizem, um verdadeiro anjo, só que de quatro patas. Ela é Rosinha, uma cadela sem raça definida que ganhou um novo lar.
Em seu histórico, uma ‘lista’ de problemas de saúde, em ordem alfabética: artrite, artrose, bico de papagaio, dificuldades de locomoção e para movimentar totalmente a cabeça. Além disso, estima-se que ela tenha por volta de 12 ou 13 anos, ou seja, um animal já idoso. Rosinha é a prova mais do que concreta de que a adoção é um verdadeiro ato de amor, já que animais novos e sadios, consequentemente, têm preferência na hora de serem adotados.
Na última segunda-feira (19), a professora aposentada e psicóloga Gláucia Maria Cyrino Carvalho Furlan foi ao Canil Municipal para uma reunião com protetoras da causa animal. Na saída, viu Rosinha no cantinho em que ela costumava passar seus dias. Numa troca de olhares entre elas, foi amor à primeira vista. Só que a decisão de adotá-la precisou de uns dias para se concretizar.
“Fiquei extremamente tocada com a sua doçura e com o coração apertado ao saber de sua história e dificuldades. Naquele momento, algo muito forte tocou meu coração e eu voltei para casa pensando que não poderia deixá-la sem conhecer o aconchego de um lar. Mas, eu, ainda, precisava convencer meu marido, afinal a casa já estava bastante cheia. Graças a Deus, a história da Rosinha, também, tocou o coração dele e na quarta-feira (21) fomos buscá-la”, conta Gláucia.
Quando a adotante fala em ‘casa bastante cheia’ é que a Lolly, o Tóbi, a Nina, a Lisa, o Bartolomeu e a Dudinha já estavam na área. Mas, como todo coração de mãe, sempre cabe mais alguém. “Ao contrário do que eu imaginava, a adaptação está sendo tranquila. A Rosinha foi muito bem recebida pelos seus ‘irmãozinhos de pelo’ e por nós, seus ‘humanos de estimação’. Ela é a doçura em forma de animal, muito boazinha, tranquila e meiga. Uma cachorrinha apaixonante”, comenta.
Mesmo sem estar nos planos de Gláucia em adotar um animal neste momento, ela conta com o apoio do marido e dos filhos na defesa da causa animal. “Adotar um animalzinho não é somente garantir que ele tenha comida e água limpa. Requer atenção, cuidados veterinários e alguns gastos extras, ou seja, responsabilidades, uma casa sem escapes e com muita segurança para ele”, reforça Gláucia.
Aos que queiram seguir esse bom exemplo, seguem orientações importantes. “O meu conselho pra quem pensa em adotar é que pense se poderá cuidar por muitos anos dessa vida, pois eles vivem por volta de 14, 15 anos. Eles não sabem falar, muitas vezes farão artes de deixar os cabelos em pé. Quem não tiver tempo e nem bom humor para rir de todas essas artes, eu imploro que não adote. Agora, quem tiver espaço em casa e no coração, disponibilidade de tempo e carinho de sobra, eu aconselho que visite os abrigos ou o Canil Municipal e leve pra casa esses verdadeiros ‘pacotinhos de amor’”, conclui.
Assim como a Rosinha, há inúmeros cães e gatos à espera por um lar definitivo. Faça a diferença você também: adote. Independente da idade ou estado de saúde, todos merecem amor.