Wagner Gonçalves
Com os recentes acontecimentos na Avenida Saburo Akamine, moradores e transeuntes da região levantam a questão da segurança no trânsito aos que passam pela via. De acordo com relatos, os radares móveis não vão à via há cerca de duas semanas.
Um dos que trabalham naquela região, William Luis Rodrigues Vigilato atribui como “Avenida da Morte”, pois desde que entrou na empresa, há cinco meses, já presenciou vários acidentes. Ele conta de um caso que o chocou bastante: “um senhor que sempre pegava papelões pela região estava atravessando a avenida e foi atropelado por um caminhão”.
Os episódios são muito comuns em que motociclistas e condutores de veículos ultrapassam a velocidade permitida, que no caso desta via é de no máximo 50 km/h. “Eles passam muito mais que essa velocidade, e o pior que existem muitas placas indicando o limite”, disse Vigilato ressaltando ser um grande perigo para os ciclistas e os pedestres que por ali passam.
Outros dois trabalhadores também comentaram sobre a situação, mas preferiram não se identificar. De acordo com o relato, era comum a presença de radares móveis no local, para o monitoramento da via. Mas há cerca de duas semanas eles perceberam que os fiscalizadores não vêm ao local. De acordo com eles, isso se deve ao fato de haver ameaça de represálias, devido às multas aos condutores imprudentes.
Em contrapartida, a prefeitura desconhece qualquer tipo de ameaça aos responsáveis pelo monitoramento. E de acordo com a Secretaria de Mobilidade Urbana e Sistema Viário, os radares não permanecem todos os dias em um mesmo local por ser preciso atender a outras áreas da cidade.
A secretaria destaca que a via recebe fiscalização eletrônica, seguindo uma programação que inclui a escala dos operadores dos radares móveis e os pontos que receberão o monitoramento.
Além de atentar contra a segurança de pedestres e ciclistas, exceder a velocidade pode ser considerada infração média quando se está até 20% acima do permitido, em rodovia, ou 50% em trânsito local: perde-se 4 pontos na carteira e multa de R$ 86,13. Já quando se está 50% da máxima permitida é registrada uma a infração gravíssima, em que é suspenso o direito de dirigir e perde-se 7 pontos na CNH, além de multa de 574,60.