Estadão Conteúdo
A onda de cortes promovida no artístico do SBT chegou ao humorístico A Praça É Nossa. E Moacyr Franco, que estava no programa havia 12 anos, foi um dos demitidos.
A segunda passagem de Franco pelo SBT durou 20 anos. Ele havia apresentado o A Mulher É um Show, em 1986, e retornou à casa em 1997 para apresentar o Concurso de Paródias (1997). Lá ele atuou nos seriados Ô… Coitado (1997-1999) – com Gorete Milagres – e Meu Cunhado (2004-2006) – com Guilhermina Guinle e Ronald Rios, e assumiu a função de Diretor de Criação da emissora, em 1998. Desde 2005 ele estava em A Praça É Nossa, interpretando o caipira Jeca Gay.
A reportagem tentou contato com o artista, mas o telefone só deu caixa postal. Carlos Alberto de Nóbrega, bastante abalado com a informação, disse que ele não foi o responsável pela saída do artista.
“Somos amigos há 62 anos”, frisou. “Quando soube que ele seria cortado, foi um choque. Eu disse à direção da casa que não conseguiria dar a notícia, porque iria começar a chorar na hora. Ele é um dos artistas mais injustiçados no nosso País. Ele é um gênio, tem uma versatilidade como poucos. É um ótimo ator, humorista, escreve muito bem, é um poeta, canta muito bem… Era um absurdo ele ter somente 5 minutos de participação na Praça. Mas a empresa não é minha, e a decisão também não foi minha. Estou muito triste. Ainda não tive coragem de falar com ele.”
Além de Moacyr Franco, outro humorista que deixa a casa é Paulo Pioli, que interpretava o personagem Caipira, dono do bordão “Êta fuminho bão”. Ele estava no programa havia mais de dez anos, e tem uma reunião marcada na tarde desta terça-feira, 21, para assinar a sua rescisão.
Procurada pela reportagem, a assessoria do SBT diz que não irá se pronunciar sobre as demissões.